domingo, 13 de agosto de 2017

Ainda que seja um pai mais ou menos...

                                                                                                                                 (Foto: Reprodução)
Outra grande lição que aprendi nessa vida: antes um pai mais ou menos, do que nenhum. Ele pode ser um cara que não tem o menor talento para a paternidade, não leva o menor jeito, mas já conta. Já ocupa espaço, cumprindo o seu papel.

Minha conclusão não se baseia em nenhum estudo sócio-histórico, nem psicológico, nem antropológico, mas na experiência de quem já viveu um bom tempo por aqui e tem por hábito (e ofício) observar o comportamento humano. Pais de enfeite também contam!

Não que eu considere que pais devam ser acessórios ou desmereça o seu papel na vida e na educação dos seus filhos. Muito pelo contrário. Melhor do que ninguém, reconheço a importância da paternidade bem vivida e da sua influência na formação do indivíduo. Porém, refiro-me a algo distinto: àqueles homens que não vivenciam, adequadamente, o seu papel de pai. Percebi, que ainda assim, são importantes para seus filhos. Mais do que imaginamos.

Um sobrenome na certidão de nascimento, conta. Um nome para dizer na hora que perguntam pelo seu pai, conta também. É ter uma referência paterna. Uma lacuna que não ficou em branco. Engana-se quem acha que é bobagem.

Alguém para falar ao telefone, ainda que anualmente, conta. Alguém para mandar uma mensagem, numa rede social, ou tomar um sorvete numa tarde de domingo, conta também. Uma referência paterna, ainda que seja de coleguismo e amizade, e não de proteção e zelo como deveria, mas que mantenha o elo, que faça permanecer o laço, são significativas para o filho. Talvez, até, significativas para o pai.

Pais que separam-se das mães, não deveriam separar-se de seus filhos! Homens que não desejam filhos deveriam precaverem-se e evitá-los, com o uso de preservativos ou com outros métodos anticonceptivos. Porque filho é para sempre... E merecem ser amados. E quem ama, cuida.

Pais que não cuidam, mas que brincam, que marcam presença, são melhores do que pai nenhum. Isso é fato. Perdoados apenas os que não moram mais nesse planeta e já são estrelas no céu. Como o meu.

Se você é um pai mais ou menos, reveja seus passos e suas ações e construa uma história diferente. Nunca é tarde para recomeçar. Seu filho agradece.

Feliz Dia dos Pais para os todos os pais que, de alguma forma, comparecem! 


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