segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Liberta

Liberta(Arte: Valexina)

Quando eu nasci, lá em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, nem sabia que teria uma missão aqui na terra: ser uma espécie de intérprete do mundo, para as pessoas! Mas, logo logo, a coisa começou acontecer. E desde a infância!

Eu sou aquela para quem todos perguntam a hora, ao passarem na calçada. Pedem informação sobre o itinerário dos ônibus, perguntam onde fica tal lugar… Sempre foi assim. Também pedem para eu ler as etiquetas dos preços dos produtos e solicitam informações sobre eles. Questionam coisas sobre as quais eu nunca ouvi falar!!!

Na família, fui a criança referência. Todos se remetiam a mim para quaisquer esclarecimentos. Engraçado que, na época, eu não me dava conta… Mas, agora, fazendo um retrospecto, tudo fica muito claro! Provavelmente esse jeito professoral eu tenha trazido de fábrica.

Fiz dois cursos superiores na área de Humanas. Nada além. Penso que deveria ter feito alguma especialização, mas prefiro ser aquela que trabalha nas bases. Generalista! Não tive tempo e nem paciência para estudar mais. Minha vida acadêmica acompanha bem o fluxo. Deixo os bancos para os interessados a doutores. Prefiro o empirismo do mundo real.

Cada um tem e deve cumprir o seu papel. Precisamos dos cientistas, pesquisadores, mestres e doutores, sem dúvida. Mas, particularmente, prefiro o que me cabe: fazer a ponte entre os seus saberes e os outros. Sou da comunicação!

Gosto de textos simples, orações diretas e frases curtas. Gosto de ler e entender de primeira! Mas amo o que leio e me faz sonhar… Nenhum curso ou discurso diferente disto tem lugar pra mim. Em mim. Sou radicalmente livre. Libertei-me. No berço.

Muito prazer, sou assim. Doce Deni.

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