segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Que máscara usar?

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Carnaval chegando… No turbilhão das coisas do dia a dia, não sobra muito tempo para nos prepararmos. Quando a gente vê, chegou o sábado! Aí corre-se ao shopping, na intenção de pelo menos comprar uma blusinha nova. Se tiver lantejoulas melhor… Traje completo só para os mais exigentes ou os que têm mais tempo para planejar e comprar. Não é o meu caso.

A semana vai voar. Mas eu voarei junto com ela... Aliás é bom mesmo, assim passa mais rápido e chega logo no feriadão! Quando a gente perceber, já é Carnaval.

Darei, então, uma idéia. Escolha uma máscara para usar. Fácil e barato. São vendidas aos montes. Economiza-se na maquiagem e na fantasia. Combinam com o temperamento do freguês. Pode ser básica, colorida, grande, pequena, do Ronaldinho Gaúcho, Tiririca, super-herói,  de rosto inteiro, pela metade. Você decide.

Máscaras são poderosas. Além de simples adereços, elas podem até transformar  a personalidade do seu usuário. Lembram do Zorro, com e sem máscara? O que dizer do Batman então? Além de esconder a verdadeira identidade, elas podem transformar vocês naquilo que não são realmente. Quer coisa mais apropriada pro Carnaval?

Boas e baratas. Personalizadas e caras. A escolha é sua. Só não vale permanecer de máscara depois que a festa passar.

Sei não… Suspeito que tem gente de máscara, desde outros Carnavais…

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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Quanto vale uma noite de sono perdida?

Consegui. Saí da Avenida às cinco e meia da manhã. Juro que achei que não conseguiria. Mas pela sorte (ou azar), a MUG foi a última Escola a desfilar. Então… só me restou esperar! E não é que foi fácil? Pela primeira vez, em todos esses anos que acompanho as Escolas de Samba capixabas, no Sambão do Povo, eu consigo ficar até o último desfile. Sempre vou embora antes do final. Mas, talvez para combinar com o Ano Novo diferente que eu me propus a fazer, fiquei até o fim. E valeu a pena!

Preciso agradecer a Liele, minha professora de hidro. Meu condicionamento físico foi fundamental. Não sofri. Tive gás e alegria para curtir todo o evento. Sambei, cantei, pura empolgação! Um show de cores para embelezar a alma, daqueles que adoram o Carnaval!

Esclareço que, aqui na Grande Vitória, o desfile das Escolas de Samba acontece uma semana antes da data oficial da festa carnavalesca. Como muitos capixabas têm o hábito de viajar, é o jeito que as prefeituras encontraram para garantir a participação de todos, durante os desfiles.

E assim, perdi uma noite de sono inteirinha! Vi o dia nascer. Para mim, isto é um evento! Acontece uma única noite no ano. Sou uma mulher do dia, do sol, da luz. Sou daquelas que considera a noite o horário ideal para dormir! É claro que gosto de festas, de shows, de muito beijo na boca. Mas depois… dá um soninho!!! Cama. Com ar refrigerado, de preferência, durante o verão tropical.

Acredito que para você perder uma noite de sono, que seja por uma boa causa. O corpo precisa de repouso. Tudo precisa relaxar, para renovar-se: a cabeça, a pele, os pés, os batimentos cardíacos... Talvez seja essa uma das fontes da juventude que esteja ao nosso alcance. Mas um desfile de grandes Escolas, tão lindas, compensa, com certeza, uma noite toda, acordada. Uma “transgressão” como esta é revigorante também. A alegria “desestressa”. Purifica. Desintoxica.

Agora, para coroar, só falta a MUG ser a campeã!

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(Carnaval Capixaba: desfile da MUG – Mocidade Unida da Glória – 2011. Fotos gazetaonline)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

“Clara, a menina dos meus olhos.”

Clara, a menina dos meus olhos, também chama-se Maria – Maria Clara! Ironicamente, trata-se de uma menina bem moreninha.

Quando ouvi o samba-enredo da G.R.E.S. Unidos do Porto da Pedra, deste ano, senti uma enorme emoção! Como o enredo homenageia Maria Clara Machado, a letra fala da Clara como menina, como inventadora de moda, inocente, sonhadora… De repente eu estava ouvindo falar em poesia cantada, sobre a minha Clara, a Maria Clara… Tantos pontos em comum entre a grande escritora e a minha garotinha, princesinha da família.

Neste ano, ela fará dez anos. Já está dizendo adeus à infância e ao mundo mágico do faz de conta… Se eu pudesse fazer o tempo parar… Queria que fosse criança pra sempre. Que egoísmo o meu! Mas só assim poderia livrá-la dos dissabores desse mundo real. Crescer dói!

O que me conforta é que, como a outra Maria Clara, a escritora, tem pessoas que nunca deixam de ser crianças. Que conservam o seu coração puro e sonhador, por todos os dias de suas vidas! Peço a Deus, que com ela seja assim. Afinal, quero Clara marcando sua passagem aqui pela Terra, como uma mulher guerreira, inteligente, criativa, audaciosa, mas sem perder a poesia, o lirismo e a graça de ser menina…

"O enredo é sobre uma mulher que desde menina viveu de imaginar, sonhar, de inventar e reinventar. A linha condutora do enredo é o sonho. Ela passou a vida inteira escrevendo para criança, mas nunca de forma bobinha, como as pessoas estão acostumadas a ver. Em toda a sua obra, ela tentou introduzir as crianças no mundo dos adultos, transformando o mundo dos adultos em caricato, como é na realidade. Não é um enredo biográfico. Mostramos somente as obras, desde menina, quando escreveu a primeira peça para teatro até a última. Tentamos apresentar um pouco de quem foi Maria Clara Machado" – Paulo Menezes, Carnavelesco.

“O sonho sempre vem pra quem sonhar…”

(Bira, Diego Ferreiro, Robinho e Porkinho)

Um pedaço de papel
Pano, cores, ilusão
Vai girando o carrossel
Nas asas da imaginação
Clara, “a menina dos meus olhos”
Criadora do impossível, sonhadora feito eu
Em tudo que ela escreveu
Um aprendiz de feiticeiro a formular o amor
E a princesa recebeu a flor
A fera foi pra outra dimensão
Amigo de Deus, Noé entendeu
O mundo em transformação

A bruxa boa vem aí, eu quero ver!
Osaboroso elixir, eu vou provar!
No vento vendaval da liberdade,
Um samba de verdade vai passar

Quem não sonhou jamais amou
Não sabe o que é se libertar
Não viu o trem, nem o colar…
O sonho vem pra quem sonhar!
Vai, vai, vai, vai, vence logo esse medo
“Prega uma peça” à esperança…
Vem no galopé o corcel, feito azul do céu
E a magia da criança
Em busca da alegria, seu poder de transformar
Criando sonhos, recriando a fantasia a brincar

No tablado consagrando a criação
É a arte, vida em transformação
Meu tigre chegou, aplausos no ar
É Clara que me faz sonhar!

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Minha Maria Clara, criadora do impossível, sonhadora feito eu…

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O menininho do braço quebrado.

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Quando a gente é pequenininho, acha que é super-herói. Acredita que tudo é possível e que o mundo é pequeno e fácil de ser conquistado.

Conheço um menininho assim. Ele nasceu igualzinho aos outros meninos. Chorou na maternidade, mostrando aquela boquinha banguela, para todas as enfermeiras! Em compensação tinha tanto cabelo, mas tanto cabelo, que parecia a juba de um leãozinho. No fundo era mesmo meio menino, meio leão! Precisava de que fosse assim, porque sua vidinha não seria nada fácil. Mas esse menininho nem queria saber: para ele tudo era possível.

A natureza lhe abençoou com um lindo e cativante sorriso. Por onde ia fazia amigos. Todos o queriam por perto para brincar. E esse corajoso leãozinho descobriu que sua infância deveria ser um pouco diferente. Ele não poderia mais comer os mesmos docinhos que as outras crianças. E deveria seguir uma rigorosa dieta alimentar e tomar remédios diários. Mas esse menininho não se entristeceu. Como fera, enfrentou as adversidades. E não deixou de ser criança. Nem deixou de ser feliz!

Segurem esse menininho, porque de tanta arte e invenção de moda, vive quebrando o braço, lascando o dedo, esfolando o joelho. Tudo igualzinho a qualquer menino…

Tenho certeza de que esse leãozinho crescerá e se tornará uma pessoa de bem, um homem de verdade, porque quem nasce pra ser estrela , não poderá deixar de brilhar!!!

Gustavo, você é a minha vida! Mamãe tem muito orgulho de você!

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Tome mais cuidado, da próxima vez…

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Gente “sem noção”!

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Um dos maiores enigmas da humanidade é: por que existem tantas pessoas sem noção, nesse mundo? Seja por onde a gente andar, elas estarão ao nosso lado. Parece que se multiplicam e ficam mais numerosas a cada ano.

Normalmente esses indivíduos começam pecando pela falta de Educação. Não sabem como e quando devem entrar, falar, ouvir, sair. Como se a sua vontade fosse o centro de tudo! Falam alto, interferem na conversa alheia com palpites infelizes; não falam coisa com coisa... Uma tristeza quando somos obrigados a lidar com pessoas assim! Haja paciência! Normalmente elas não têm a consciência de que não agradam. Ao contrário, se acham o máximo...

Pessoas arrogantes, donas da verdade, autoritárias, ignorantes. Que perfil! Tenho certeza de que você concorda comigo: o mundo está cheio delas! Pior: o nosso cotidiano também.

O que fazer então? Por mais que tenhamos vontade de nos fingir de árvore frente aos seus desmandos, muitas vezes, isso se torna impossível. Precisamos conviver, estabelecer relações. Fingir de árvore não é a saída. Responder à altura? Até podemos fazer isso uma ou duas vezes, mas a nossa racionalidade e bom senso nos impedem de agirmos de um jeito que não é o nosso. Cansa! Nos desgasta. Tentar mostrar que estão sendo inconvenientes ou ridículas demandaria muito tempo e, com certeza, não daria certo. Essas pessoas não têm autocrítica, nem humildade necessárias para repensarem suas ações. Então...

Paciência, meus leitores, paciência!!! É a única saída. Essas pessoas sem noção estão nos nossos condomínios, nas academias, na vizinhança, no nosso trabalho, na fila do cinema, dentro do ônibus... E o que nos resta é exercitarmos a nossa (tão pouca) paciência. Sabemos que não somos donos da verdade, mas é realmente muito difícil o relacionamento com elas. Cabe-nos, exatamente pela nossa condição, o exercício da compreensão e do aceitamento do semelhante, tal como ele é. Poderíamos dizer que é o mais cristão ou mais civilizado a ser feito. Mas não é fácil, mesmo! Afinal elas são muito numerosas e estão em muitos lugares.

Só espero, sinceramente, que pessoas assim não passem pelo nosso espaço virtual de encontro: neste blog Doce Deni! Afinal, aqui só há lugar para pessoas como você, que sabem o que querem da vida, e querem mesmo é ser felizes! Sabem que a reflexão sobre o nosso dia a dia é o que nos leva ao aprimoramento pessoal. E, ainda, que a leitura é o alimento da mente e da alma.

A leitura é mesmo uma viagem! Talvez seja isso o que acontece com essas pessoas sem noção: falta de conhecimento!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Qual é a sua cor favorita?

Parece que têm dias que Deus está mais inspirado... Ou então sou eu que estou!

Nesses dias, temos a impressão que a natureza está mais bela, com cores mais vibrantes e formas mais definidas... O azul do céu fica mais nítido e profundo. Um convite a apreciar todas as outras cores do mundo.

Nessas horas que temos a consciência da nossa perfeição. Temos um corpo perfeito capaz de apreciar a beleza das formas e das cores...


Qual é a sua cor favorita? Cada um tem uma ou duas com as quais mantém uma relação especial. Faço um convite para apreciarem comigo um pouco da aquarela que existe na natureza.

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azul2

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vermelho4

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roxo2

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branco1

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QUAL É A SUA COR FAVORITA?

Participe.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

“Mulher que lê.”

Nada como um dia atrás do outro… Se ontem tive um dia de cão, hoje foi bem melhor. Ufa!!!

A história é a mesma… Fase de adaptação ao novo. Novos horários. Novo trabalho. Novos colegas. Novos amigos. Prática de atividade física… Consegui fazer um ano realmente diferente dos demais. Mas isso tem um custo: adequação à nova realidade! E para mim, taurina típica, é muito difícil mudar tanto…

Mas como sorrir faz bem, o texto de hoje foi enviado por uma das minhas amigas Reginas. Reparto com vocês essa delicadeza.

MULHER QUE LÊ

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Um casal sai de férias para um hotel fazenda. O homem gosta de pescar e a mulher gosta de ler.
Numa manhã, o marido volta de horas pescando e resolve tirar uma soneca.
Apesar de não conhecer bem o local, a mulher decide pegar o barco do marido e ler no lago. Ela navega um pouco, ancora e continua lendo seu livro.
Chega um tenente da guarda ambiental do parque, em seu barco, pára ao lado da mulher e fala:
- Bom dia madame. O que está fazendo?
- Lendo um livro, responde. (Pensando: será que não é óbvio?)
- A senhora está em uma área restrita em que a pesca é proibida, informa.
- Sinto muito, tenente, mas não estou pescando, estou lendo.
- Sim, mas a senhora tem todo o equipamento de pesca. Pelo que sei, a senhora pode começar a qualquer momento. Se não sair daí imediatamente terei de multá-la e processá-la.
- Se o senhor fizer isso terei que acusá-lo de assédio sexual.
- Mas eu nem sequer a toquei! - diz o tenente da guarda ambiental.
- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode começar a qualquer momento!
- Tenha um bom dia, madame - diz ele e vai embora.

Moral da história:
Nunca discuta com uma mulher que lê, pois certamente, ela pensa!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Dia para esquecer.

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Quando a tristeza chega com o cansaço, tenho vontade de me isolar. Entrar na toca…

Dia duro. Grande. Daqueles! Aconteceu de tudo um pouco. Aborrecimentos. Desconforto. Desagrados. Um dia pesado…

Todos temos dias assim. Um dos meus foi hoje. Chego a esta hora com uma sensação de abatimento total. As palavras não vêm. Tenho que ir buscá-las. A inspiração está podada. Quero me libertar. Afinal  estou na paz e na segurança do meu lar. E, mais ainda, estou na companhia de vocês, meus leitores fiéis. Estamos juntos e, mais que lendo, estão me ouvindo… Compartilho a minha dor.

Tem horas que a gente cansa. Tem que parar para respirar. Abrir a janela e deixar o frescor da noite invadir o quarto. É nessa hora que a solidão é boa companhia. Não assusta. Conforta.

O melhor dos dias como o de hoje é que eles acabam. E, com o sol da manhã, renovam-se as forças e as esperanças. Os astros encontram-se numa nova formação. As marés sobem ou descem. As nuvens fazem outro caminho pelo céu. Tudo é diferente. E você tem a chance de recomeçar.

Vou dormir.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dica para o lar.

Doce Deni também é utilidade pública. Olha que idéia simples e produtiva! Compartilho com vocês: como pregar pregos em superfícies duras. Bom trabalho!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Coisa do mundo moderno.

Sentir-se só dá medo… Como vimos, tantos temos medo da solidão. Mesmo assim não percebemos que o mundo moderno trouxe algumas armadilhas para nos isolar, mais ainda, de tudo e de todos.

Não percebeu? Discorda de mim? Então assista o vídeo. Depois voltamos a conversar…

Sinta-se bem. Tenha um sábado gostoso ao lado de quem você ama. Se estão longe, telefone, viaje, vá até eles. Faça acontecer! Tem coisa que só depende de você. Fique junto… e mais feliz!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O incansável “correr atrás” do peso perdido.

Estava andando pela calçada, agora há pouco, com roupa de banho, em direção à Academia. Foi quando passei pela portaria de um prédio, daquelas todas envidraçadas. Me olhei. Foi inevitável. Aquela barriga não me pertence! Parei. Me olhei de frente, de lado, sobre os ombros. Me dei conta que o porteiro me olhava intrigado. Saí de fininho. Resolvi então, pela enésima vez, começar uma dieta!

Nunca foi tão difícil emagrecer! Meu organismo está lento… Cansado de tantas restrições, resolveu fazer uma queda de braço comigo. Só pode ser! A verdade é que a gente vai ficando menos jovem e é natural que o metabolismo não reaja como antes. E isso nos deixa duplamente mal…

O tanto que ando, que me exercito, que fecho a boca (e os olhos!), que subo escadas (e desço) era para eu ter um corpo razoavelmente magro. Mas este sobrenome italiano me trouxe de herança o jeitão arredondado das “donnas”… Então: só me resta correr atrás!

Aceito sugestões. Preciso de dicas. Incentivos. Conto com vocês. Que tal emagrecermos juntos? Fica a dica no ar…

DIETA JÁ!

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nossos medos.

Como imaginara foi muito mais difícil falar do medo, do que falar da felicidade! Muito menos pessoas deixaram seus comentários. Será que todas são tão “corajosas” assim? Ousarei duvidar... Para muitos, assumir o medo é sinal de fraqueza. Longe disso.

Somos humanos. O medo é inerente à nossa humanidade. É aquilo que nos preserva. É o sentimento que nos impede de cometermos absurdos e colocarmos nossa vida em risco. O medo é um sinal de alerta. Inclusive pode desencadear sensações físicas, como aceleração dos batimentos cardíacos, suor exagerado, tremores... Sentir medo é normal. Medo exagerado é que passa a ser doença, mas não é desse descontrole que iremos tratar. Voltemos ao nosso tema inicial.

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   Quais os estímulos ou situações que nos deixam em alerta?

O que, enfim, nos causa medo?

A morte é, mesmo, a principal vilã! Quase todos nós a tememos, seja por nós mesmos, seja  por quem amamos. A nossa própria morte é algo desconhecido. Não temos nenhuma informação sobre ela. Sofreremos? Será rápida? O que haverá depois? Ou não haverá nada além? Sofreremos com a falta dos nossos familiares e amigos? Quem cuidará de quem deixarmos aqui? Sentiremos falta do que nos faz feliz?  São muitos questionamentos absolutamente sem respostas. Podemos, com a Fé, construir algumas alternativas que apaziguem nossos corações. Mas o desconhecido inevitável não se rende às nossas conjecturas...

Muitos de nós já lidamos com uma grande perda: pai, mãe, avós, filhos, tios, amigos... Pela dor que experimentamos, sabemos o quão difícil é essa separação. Sentimos medo por isso: não queremos mais perder ninguém! Com certeza, isso nos causa muito, muito, muito medo!

Ficar sozinho(a) é algo que nos amedronta. Sentimento de solidão e abandono! A procura por um(a) parceiro(a) torna-se imprescindível. E, novamente, surge o medo: e se não der certo? O jogo da sedução não garante a felicidade. O fantasma da solidão estará sempre presente. Não há o que fazer, a não ser recomeçar, recomeçar, recomeçar quantas vezes forem necessárias!

Tragédias causam medo: enchentes, acidentes, desmoronamento de terras. Temor relacionado ao medo da morte e ao medo do incontrolável. Perder a capacidade física, mental, social. Perdas de modo geral: o que nos conforta, o que nos caracteriza, o que nos acompanha. Nada disso queremos perder.

A violência também nos amedronta. Está presente no dia-a-dia. Não só acompanhamos pelos jornais, mas acontece conosco e com quem amamos. Assassinatos, estupros, tráfico de drogas, latrocínio, sequestros, balas perdidas... Tudo isso realmente nos abala. Sentimos medo! Medo da fúria desmedida, da insensatez, da falta de amor ao próximo. Acabamos nos fechando em nossas casas. E não tem como ser diferente... Acabamos nos sentindo sozinhos! E, assim, sentimos mais medo ainda...

Somos humanos. Frágeis no corpo, mas com braço forte poderemos fazer valer nossos desejos e vencermos nossos medos! Enfrentamento é a resposta. Encarar nossos medos de frente. Separá-los: o que podemos controlar e o que não está na nossa alçada. Evitar exposição desnecessária, mas não deixar de fazer o que gostamos, por qualquer temor que seja!

Vamos, sim, morrer um dia... Não tem jeito. Enquanto isso, aproveitemos bem a vida, minuto a minuto. Façamos acontecer. Saiamos de casa para diversão. Façamos novos amigos, sem esquecer de manter os velhos. Dancemos. Conheçamos pessoas e para elas vamos dar nosso melhor sorriso. Falemos mais “eu te amo”. Beijemos. Abracemos. Olhemos mais nos olhos…

Tem uma ditado engraçado que diz: “Viva cada dia, como se fosse o último. Um dia você acerta!” Então...

Faça piada com o que lhe dá medo. Quem sabe dessa forma, se não conseguir vencê-lo, você poderá transformá-lo em uma boa companhia!

 

(Agradecimentos especiais a quem ajudou a escrever este texto: Gustavo, Bruno, Karla, Luanna, Ana Patrícia, Vander, Fabiana, Ana Cristina, Adriana, Vera Lúcia, Simone e Regina Natal.)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Um “pensamento” antes de dormir…

 

“Dois homens olham pela mesma janela.

Um vê a lama. O outro vê as estrelas.”

(Frederick Langbridge)

Escolha bem para onde vai o seu olhar…

Certas escolhas dependem exclusivamente de nós!

São maneiras diferentes de como podemos perceber o mundo…

Escolha certo! E seja MAIS FELIZ!

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Amanhã, finalmente, o texto que vocês ajudaram a escrever:

“O QUE NOS CAUSA MEDO?”

NÃO PERCA!!!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O calor de fevereiro.

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Pode ser impressão minha, mas sempre tive a sensação de que o calor fica maior em fevereiro... Um abafamento total! Talvez isso aconteça porque nesse mês  uso roupas em excesso, afinal, em fevereiro já estou trabalhando novamente. Em janeiro, estou de biquine na praia ou usando roupinhas leves, em casa ou no calçadão. Deve ser por isso!

Não sei quem inventou essa idéia de voltar as aulas neste mês, ainda verão tropical! Deve ser a mesma pessoa que aumentou o calendário letivo para duzentos dias. E aí... aulas verão a dentro! Um sofrimento total. Salas de aula quentes. Não há janelas suficientes, nem ventiladores que refresquem tamanho calor! (Já reparou que sempre tem um que não funciona e faz uma falta danada?!)

Fevereiro é mês para se estar de férias ainda. Antigamente que se fazia o certo: aulas só em março! Sou contra esse exagero na quantidade de dias letivos. Antes eram cento e oitenta. Suficiente.

Inventaram essa “história” para que as crianças ficassem mais tempo na escola. Ora, escola é lugar de formação e informação. Não é para tomar, apenas, conta dos filhos das pessoas. Para isso deveria se criar uma nova instituição. Quem sabe algo parecido com um “clube”: um local para se praticar esportes, se divertir de modo saudável, com alimentação balanceada, saúde assistida... Enfim, um local que desse condições às mães de trabalharem fora, em paz, na certeza de que seus filhos estariam sendo cuidados. Mas esse lugar não é a escola. Escola tem função educativa específica. Se ninguém ainda pensou nisso, já está na hora. A sociedade se modificou e hoje as mães são mulheres que trabalham fora e, muitas, sustentam sozinhas suas famílias. O certo é que a remuneração dessas mulheres não é mais um reforço no orçamento. É fonte de renda imprescindível.

Desfiando este fio, fui longe. Volto ao calor de fevereiro. Afinal estou absurdamente suada, aqui neste canto, onde fica o computador. Coitada de mim! Coitados dos alunos e professores ! Ninguém merece...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A pesquisa continua: O que lhe causa medo?

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Sei que nem todos conseguiram tempo para responder a enquete, por isso estarei aguardando um pouco mais.

Também sei que é difícil para alguns, até, falar do “medo”… Muitos não gostam de assumir. Se esse for o seu caso, lembre-se que encarando de frente a dificuldade fica mais fácil vencê-la. E dividindo com mais pessoas, fica mais fácil ainda...

Vamos lá! Encare seu medo e fale sobre ele. Tenho certeza de que você irá se sentir mais leve e confiante. Leia os comentários dos outros leitores. Veja que não é só você que experimenta esse sentimento ruim…

Mas lembre-se: o medo é essencial para a preservação humana. É ele que não nos permite cometer loucuras…

"Evitar a felicidade com medo que ela acabe é o melhor meio de ser infeliz."

(Autor desconhecido)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O que lhe causa medo?

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Agora que já sabemos o que nos faz feliz, vamos descobrir o que nos causa medo. Mais uma vez, você ajudará nessa pesquisa. Quais seriam os vilões que amedrontam a população brasileira?

Todo protagonista tem o seu antagonista. Todo príncipe tem o seu dragão. Enfim, pare e pense, depois responda por comentário: O que lhe causa medo? Vale qualquer “tipo” de medo, em todas as esferas, o negócio é participar. Durante a semana, você terá ajudado a escrever o texto. Darei um pouco mais de tempo, para meus leitores responderem. Obrigada!

O QUE LHE CAUSA MEDO?

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Job Menezes canta e encanta.

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Tenho um amigo grandão que tem um nome pequenininho. Ele se chama Job. Em inglês, significa “trabalho”. Mas, na verdade, é um nome bíblico. Incomum, assim como ele.

Job é carioca, alto, magro, negro, de olhos profundos e voz imponente. Daquelas pessoas que lhe olham nos olhos e enxergam sua alma. Daqueles que param para lhe ouvir. Se interessam. Dão opinião. E são incisivos, muitas vezes.

Job é encantador. E, também, “cantador” dos bons.  É muito bom ouvir Job tocar e cantar. Gosta do que é bom e não se rende aos esdrúxulos pedidos feitos, nas noites, durante suas apresentações. Pede desculpas e diz que não! Acho isso o máximo. O repertório de quem toca na noite precisa ser respeitado. E ele faz isso com tranquilidade.

Trabalhador da Cultura. Está sempre onde o povo está. Especialmente onde estão as crianças. Elas e ele se entendem muito bem. Pipocas, sonhos e risadas! Quem não gosta?

Mas Job também sabe falar sério. É camarada comunista, comprometido com a transformação social. Assim como eu, procura construir um mundo melhor, mais justo e com menos desigualdade. É um homem que pensa e age. Combate qualquer forma de preconceito. Um cidadão que você gostaria de conhecer, e além disso, ter como amigo do peito!

Carinho não se paga. Atenção, companheirismo também não. Mas eu não poderia deixar de lhe prestar esta justa homenagem. Hoje não é seu aniversário. Não é dia do amigo. Não é nenhum dia especial. É, simplesmente, o dia que escolhi para que todos, no mundo, conhecessem JOB MENEZES. E que fossem testemunha da amizade e admiração que tenho por ele.

“O que é um amigo? Uma única alma habitando dois corpos.”

(Aristóteles)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Acolhimento.

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Quem não gosta de ser bem acolhido? Todos gostamos. Temos uma necessidade íntima de sermos aceitos. Sermos recebidos de braços abertos é o que esperamos. Em qualquer situação, é muito bom chegar e receber carinho. Mas será que temos acolhido bem o outro? Será que temos sido bons anfitriões?

Receber bem não combina com “grupos fechados”. Grupos precisam ser abertos, dinâmicos, estarem em constante formação. Cada um que chega é um novo membro que fará parte do conjunto. Precisa de acolhimento.  Temos que estar atentos. Pequenos gestos podem não ser mais esquecidos, especialmente se não forem acolhedores. Mais fácil alguém esquecer um sorriso aberto do que um olhar de desdém… Coisa muito humana!

Sei que a cultura de um povo implica diretamente na forma de acolhimento. Muitos são conservadores e, até mesmo, “bairristas”. Não estão com nada! Bom é chegar, falar com todo mundo e todo mundo falar com a gente. Bom é chamar para perto. Dividir o lanche. Oferecer café. Perguntar se precisa de alguma coisa. Levar para conhecer o ambiente. Perguntar pela família. Olhar no olho. Pegar na mão. Abraçar… Ah, nada é mais acolhedor do que um abraço! Um beijo no rosto seguido de um abraço: a melhor forma de se cumprimentar…

Sou uma pessoa que deveria ser mais “endurecida”, devido a tanta coisa que já me aconteceu nessa vida. Mas não. Sou sensível e gosto de ser tratada bem. Na realidade, dou muito valor ao acolhimento. Ser bem recebida é fator essencial para que eu crie vínculo e estabeleça boas relações.

Fui criada assim. Na minha casa, cada um que chegava era um festa. Eu adorava receber visitas. Aprendi com minha avó e minha mãe. O lanche ia para mesa na hora e da cozinha vinha um delicioso cheiro de café. Se o calor era intenso, o refresco vinha com muitos cubos de gelo e era muito apetitoso. Tudo caseiro, da fruta mesmo. Felizmente, na minha época não tinha esse negócio de popa. Suco era mesmo suco natural. Nada mais acolhedor…

Visita na mesa, sorrisos, conversas. E o tempo passava assim. Quando ia embora era uma grande tristeza. Beijos, abraços e a gente ia até o portão para acenar, ao virar a esquina…

Não posso aceitar recepção de olhar atravessado. Não posso acreditar em boas-vindas, quando não se chama pra sentar junto e conversar a mesma conversa. Isso deve ter outro nome. Não é acolher.

O bom mesmo é sentir o calor do outro corpo, na hora do abraço. Se sentir refugiado e protegido no novo ambiente, que é sempre assustador. É ter guarida.

Não precisa haver palavras, mas gestos de gentileza, que servirão de sementes para uma nova amizade que pode acabar de nascer!

"Seja gentil quando for possível.... Sempre é possível".
(Dalai Lama)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

G.R.E.S. Mocidade Unida da Glória

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Não morando no Rio de Janeiro, acabo me envolvendo com outros Carnavais. O que não posso mesmo é viver sem essa festa! Batucou na caixa de fósforo já é bateria… Meia dúzia de fantasiados é já bloco na rua… Sou mesmo muito complacente!

Mas nem tudo é, assim, essa simplicidade. No Carnaval de Vitória, desfilam grandes Escolas. O coração capixaba também bate no compasso do samba! E as morenas, loiras, negras e mulatas também tem seu próprio “ziriguidum”. Bailam e brilham na avenida. Também as crianças, idosos, homens, gays… todos! Carnaval tem que ser assim!!! E aqui não é diferente.

Como moradora de Vila Velha, acabei me envolvendo com a Escola da comunidade: Mocidade Unida da Glória! Escola das grandes. Daquelas que fazem o corpo arrepiar, quando entram na avenida. Quem é do samba, sabe o que estou falando. O melhor é que aqui os desfiles acontecem uma semana antes, permitindo que acompanhemos os desfiles do Rio (não perderia minha Ilha por nada! ).

Nesses anos todos que vou à Avenida, considero o melhor desfile da MUG o do ano de 2006, com um tema brasileiríssimo: o café. Até hoje, é o samba que anima a galera, que esquenta e cria o clima de empolgação.

Neste ano, o enredo também é uma paixão nacional: a cerveja. Fico na fé de que tudo corra bem e a Mocidade Unida da Glória levante a arquibancada e leve esse campeonato. Afinal, seria um sonho ver minhas duas Escolas queridas como campeãs deste Carnaval !!! Uma aqui e outra lá. E eu feliz da vida…

Vamos aprender o samba deste ano?

"Mocidade, a cerevisia que contagia!"
(Compositores: Diego Nicolau, Maurício Bona, Claudinho Vagareza e Thiago Brito
Intérprete: Ricardinho da MUG)

Me abraça e me beija, amor
Vamos brindar nossa felicidade
Hoje eu quero teu calor
"Bebemorar" com a minha Mocidade

Lá vou eu (lá vou eu)
Sob o sol me embriagar... pra te contar
E ofereço aos Deuses
Essa receita de sucesso milenar
Virou nas areias do tempo, um famoso invento
Saboreado ao bel-prazer
E na Idade Média evoluiu
A Europa difundiu a essência do sabor
Mas o Novo Mundo já bebia
Festejava a magia
Que ao mundo encantou
"Êta" terra bonita, tudo dá
"Seu Caminha" escreveu, não tem como negar
Mas será que provou do que o índio serviu?
E delirou na euforia do Brasil

O imperador trouxe o tesouro
Em meu país se instalou e ficou
Na travessia dos fujões ... Bebedores, beberrões
E a corte inteira se esbaldou
O povo aderiu, a fama cresceu
Cerveja virou paixão nacional
No bar, batucada ... É loura gelada!
Pra acompanhar o carnaval
Beba e aprecie com moderação
Mas dê a vez na direção.

20100212mug

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

“A fábula da águia e da galinha.”

"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto às galinhas. Cresceu como uma galinha.

Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:

- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.

- De fato, disse o homem. - É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.

- Não, retrucou o naturalista. - Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.

- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.

Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:

- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!

A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou:

- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!

- Não, tornou a insistir o naturalista. - Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!

Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas. O camponês sorriu e voltou a carga:

- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!

- Não, respondeu firmemente o naturalista. - Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez.Amanhã a farei voar.

No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a  águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e
dourava os picos das montanhas.

O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!

A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.

Foi quando ela abriu suas potentes asas.

Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.

Voou. E nunca mais retornou.”

Existem pessoas que nos fazem pensar como galinhas. E ainda até pensamos que somos efetivamente galinhas. Porém é preciso ser águia. Abrir as asas e voar. Voar como as águias. E jamais se contentar com os grãos que jogam aos pés para ciscar.

(Extraído de artigo publicado pela Folha de São Paulo, por Leonardo Boff, teólogo, escritor e professor de ética da UERJ.)

Muito cedo até para escrever…

Acordei mais cedo do que deveria. Ainda está escuro. Não vejo a Lua da janela. Apenas uma grande estrela brilhante. A rua deserta, absurdamente silenciosa, não transmite paz. Causa medo.

Parei por uns instantes e fiquei admirando esse momento raro. Moro no coração do bairro. Naquele lugar onde, geralmente, a vida pulsa e tudo acontece. Mas agora, nesse instante, está tudo diferente. Irreconhecível.

Ninguém passa nas calçadas. Nenhum barulho de buzina. Todos dormem. Me sinto uma instrusa, estando aqui, tão vivamente acordada, anunciando que um novo dia está começando.

Rotina nova. Novos horários de trabalho. Vida diferente dos anos anteriores. Sinto falta dos velhos companheiros. Sinto falta de pessoas importantes na minha vida.

Oh, saudade que teima em chegar! E chegou tão doída, nesta manhã, que só me restou escrever sobre a rua vazia…

saudades

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ilha, sempre Ilha nota dez!

Difícil achar quem não se lembra deste Carnaval, de 1977. Até quem não era nascido na época conhece o samba e o canta com desenvoltura. Um clássico!

Neste momento, quando reunimos nossas forças para recomeçar, vale a lembrança daquele Carnaval, um marco importante na nossa vida de insulano ou de folião apaixonado... Foi naquele ano que tivemos a certeza que nascia uma grande Escola. E uma grande Escola tem sólidos alicerces. Todos fundados e construídos pelos seus súditos fiéis.

Não foram-se apenas os anéis. Foram-se fantasias completas. Ficaram-se os dedos, os corpos, os corações e os braços. Braços fortes que construirão tudo de novo!

O que pode ser mais forte que o fogo? A coragem e a vontade dos integrantes da G.R.E.S. UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR. Se nossa escola é o retrato da simpatia e da alegria contagiante, não será nessa hora que perderemos o fôlego!

A cigana leu nosso destino. Transformaremos o cinza em poesia. Os lamentos em acordes ritmados e firmes de nossa bateria! Que venha a passarela! A União da Ilha vai desfilar!

E vai tomar um porre de felicidade, vai sacudir e vai zoar toda cidade!!!

Ilha: de qualquer forma é nota dez!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Na “sutileza” do amanhecer, ardeu a Ilha inteira.

De repente perdi todas as palavras. Meu coração se incendiou. Um barracão inteiro de sonhos foi sucumbido pelas chamas. Arderam fantasias, carros e paixões. Cinzas. O que era cor ficou preto, em tons variados de desilusão. Chamas e lágrimas. Estas não foram suficientes para apagá-las. E tudo veio a baixo. Foi assim que amanheceu o Rio!

Escolas irmãs arderam na mesma chama. O Carnaval carioca, com certeza, não será o mesmo esse ano. Em vão todo o trabalho já realizado. Baianas, colombinas, alegorias… tudo virou pó. E uma tristeza infinita embaçou até a alma do mais otimista dos foliões. Chorei. Está doendo demais…

Ah, minha Ilha, quisera eu ter os recursos disponíveis para lhe cobrir de louros, lamês e brilhos… De penas e plumas coroar seu véu. E lhe criar longas asas, transformando-lhe em fênix, para que pudesse renascer das cinzas!

O Carnaval é  mágico. A simpatia do povo insulano dará o tom. A harmonia necessária estará no rosto que canta forte. Todos se unirão. Talvez os pés estejam descalços. Talvez as alegorias não estejam nas mãos. Mas o coração que pulsa marcará o ritmo da bateria. Ninguém atravessará! E o canto uníssono invadirá a avenida e levantará a arquibancada.

O show da Ilha vai, sim, começar!

uniaodailhalogo

Minha alegria vai girar o mundo
Aventureira vai cruzando o mar
Trazendo Darwin na memória
Histórias vou desvendar
Um relicário de beleza natural
É o esplendor do carnaval
Que maravilha, nessa terra vou desembarcar
O show da Ilha vai começar

No fundo do mar eu vi brotar
Se multiplicar a vida
Mistérios vão se revelar
Nas águas que vão me levar... a caminhar

A terra abriu um sorriso
E o paraíso vai me ver chegar
Seres estão antenados
Pequenos alados bailando no ar;
Lindos animais na passarela
E lá no céu, a mais linda aquarela
Do alto surgiu diferente
Não sei se é bicho, não sei se é gente?
Somos frutos do mesmo lugar
A árvore da vida vamos preservar

Hoje eu quero brindar... a Ilha
Nessa avenida dos sonhos brilhar
O meu amanhã, só Deus saberá
A vida vamos celebrar

bandeiraUniodaIlha

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quem é de luta… estuda!

Sábado de sol. Quente. Daquelas manhãs preguiçosas e mornas. Ar condicionado no quarto, um convite a dormir um pouco mais. Mas não me deixei seduzir. Tomei um bom banho, despertei e fui estudar. Dia inteirinho de curso!

O Partido Comunista do Brasil está investindo na formação de seus membros e filiados. Acredita que é preciso conhecer para transformar. Desta forma, compenetrada, procurei aprender o que foi possível da história do meu país e do meu partido político. Aliás, difícil fazer qualquer separação entre ambas as histórias. O PC do B esteve em todos os momentos de luta, ao lado do povo brasileiro, dos trabalhadores, sempre em busca de um mundo mais justo e igualitário. Sofreu preconceito. Ficou na ilegalidade. Mas deu a volta por cima e hoje faz parte do governo atual, tanto na esfera federal, como estadual (ES).

Viu como estudei direitinho? Sou aluna aplicada. Eu e aproximadamente quarenta camaradas de outros municípios, como São Mateus e Guarapari, e da Grande Vitória, tivemos a oportunidade de alargar nossos horizontes. Quem estuda, aprende. E quem aprende, pode mais!

O curso está apenas começando. Teremos outros encontros no decorrer do ano. Não vejo a hora de aprender mais…

Tenho muito orgulho de pertencer a este partido, que é maduro, histórico, combatente. É, também, solidário. Luta pelas causas sociais, pelos direitos de todos. Acho que sempre fui comunista, mesmo antes de ser oficialmente. Sempre lutei por um mundo melhor. Sempre me comprometi com os menos favorecidos. Faço da minha profissão o meu lugar de atuação: Educação libertadora! Procuro contribuir diretamente para construir uma sociedade, mais justa, onde todos possuam direitos iguais!

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(Ministro dos Esportes, Orlando Silva, do PC do B, em visita ao estado e eu.)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

“Meu nome é MULHER!”

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(O Autor é desconhecido, mas um verdadeiro sábio...)

Eu era a Eva,
Criada para a felicidade de Adão.
Mais tarde fui Maria,
Dando à luz aquele
Que traria a salvação.
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia,
A mulher de verdade.
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade,
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade,
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha.
Sou pai, mãe, arrimo de família.
Sou caminhoneira, taxista,
Piloto de avião, policial feminina,
Operária em construção...
Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser.
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER..!!!!

(Recebi, por email, da minha amiga e xará Denise Monari. Quis compartilhar com vocês e dedicar a todas as amigas, mulheres de verdade!)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A águia que habita em nós!

Solaguia

A gente vai mesmo mudando com o tempo! Nunca fui muito chegada a aves. Quando muito, na culinária (um belo frango assado ou o famoso peru da ceia de Natal) ou, quando pequena que curtia dar milho aos pombinhos, na praça da Freguesia, na Ilha do Governador.

Quando ia no zoológico, detestava parar para apreciar as araras, os papagaios, os colibris… Achava uma perda de tempo. Preferia logo ver os répteis, depois as feras… Aves de rapina eu passava longe. Nem queria saber de olhar para elas. Ficava de costas, apreciando os elefantes, hipopótamos, camelos e dromedários que ficavam em frente.

Mudei. Hoje em dia me apaixonei pelas aves, especialmente os pássaros. Passei a admirá-los. Seu vôo, sua aerodinâmica, sua liberdade. Pássaros livres colorindo o céu!

A rainha das aves, para mim, é a águia. Aprendi a admirá-la. Mais que isso, passei a me identificar com ela. Toda águia precisa de espaço para voar. E precisa do isolamento do alto da montanha, em certas ocasiões... Um encontro consigo mesmo é sempre necessário para se reestruturar. E voltar renovada.

A águia vai…Balança suas asas longas. Voa. Sobrevoa. Sobe. Sobe mais. Encanta. Horizontes, mares, montanhas, estrelas… E volta. Ou não.

Quem sabe existe uma águia dentro de você e você ainda não percebeu? Muitas vezes levamos vida de galinha ou de passarinho-preso-na-gaiola, quando deveríamos estar, por aí, procurando nosso verdadeiro lugar no céu azul, desse nosso mundo tão lindo! A felicidade pode estar por perto. Ou não. Só você, com seu próprio olhar, poderá dizer… ou então voar!

Arrisque-se.

 

“Se seu sonho for maior que você, alargue suas asas! Esqueça os medos. Faça como a águia, decole bem alto…”

(PS.: Mudei mesmo. Hoje em dia, detesto os pombos. São uma praga que infernizam a vida nas cidades. Especialmente dos moradores do quarto andar!)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Recompensas.

Cheguei agorinha em casa. Ainda não estou acostumada com meu novo horário de trabalho. As coisas estão meio confusas. Ainda está tudo meio fora de lugar. Mulher moderna é assim. Dá um duro danado no trabalho da rua, mas esse nem chega aos pés do outro serviço que lhe aguarda ao chegar em casa! Comigo não é diferente. Tudo fora do lugar! Louça na pia. Sapatos e sandálias espalhados. Roupas… Nossa! Sufoco total.

E para completar a “modernidade”, a mulher (que sou eu) ainda inventa de ser “blogueira”, participar de sites de relacionamento e ter uma série de emails para ler, responder ou encaminhar! Que situação! Mas, quer saber, que bom que isso tudo acontece na minha vida. Gosto disso. De tudo mesmo, pode acreditar! Ainda mais quando sou surpreendida com dois recadinhos especiais, no orkut, de dois ex-alunos, que dizem assim:

Milena: “Denise, vc é a melhor prefessora que eu já tive.”

Felipe: “Denise, vc é a melhor prefessora que eu já tive2.”

Existe coisa mais gratificante? Poucas…

Hoje à tarde, participei de uma capacitação, promovida pela Secretaria de Educação. Encontrei meus novos colegas de trabalho, alguns antigos, mas encontrei especialmente Isabel, professora de Matemática, do Ceciliano. Foi carinho explícito! Na sua linguagem de “adulta”, a manifestação de saudade foi quase infantil. Me emocionou. Muito bom se sentir querida… Não tem mesmo preço.

Vejo meus scraps e encontro uma quase bronca do meu amigo Vander, reclamando minha ausência:

Vander: “Oi nem me responde mais héin? Que achou da foto que te mandei aqui nesse espaço? Achei que vc ia gostar saudades, dá um sinal de vida, de fumaça, sei lá kkkkk Bjos”

Esse sentimento de amizade, gratidão, cumplicidade, parceria também pode ser chamado de Amor. Amo o que faço. E, desta forma, acabo cativando quem está a minha volta. Dou amor para receber amor. Ninguém recebe o que não consegue dar.

Você, leitor, que têm lido os posts deste blog, também tem me oferecido um incentivo a mais, na minha luta diária, através de seus comentários carinhosos e pertinentes. Posso dizer que meus objetivos têm sido alcançados. Principalmente, ser sua companhia, ajudá-lo a pensar sobre a vida e, assim, ser mais feliz. Não precisamos de muita coisa para isto. O primeiro passo é abrir os olhos e olhar a nossa volta. Ver esse mundo lindo que habitamos! E é todo nosso…

Obrigada, leitores. Obrigada, amigos. Obrigada, alunos.

2007-1010-petit-prince

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Carta para os professores do "Ceciliano"/EJA.

Chegou a hora. 

A hora em que a ausência se faz presente. Eu não estarei aí com vocês, neste primeiro reencontro do ano... Ledo engano. Estou sim, hoje, e estarei sempre, porque o que construímos juntos é sólido e será eterno. 

Vocês, professores, não são os mesmos de anos atrás. 

Vocês, professores, são a soma de um conjunto, de um time! Aprendemos juntos. Erramos juntos. Consertamos. Tornamos a errar. Somos humanos. Mas o que fizemos melhor foi dividir todos os problemas. Sempre os colocamos na mesa e discutimos. Brigamos. Mais de uma vez. Mas sempre chegávamos a uma solução. Solução essa fruto de um trabalho coletivo... de verdade! 

Hoje, vocês não precisam mais de mim, porque vocês já tem o "jeito". Sabem bem como a "coisa" funciona. Vocês, que têm como tarefa principal ENSINAR,  aprenderam a correr atrás. Eu ousaria até dizer que são auto-didatas. Cada um de vocês é também pedagogo. Especialista em Educação. Especialista em EJA. Tenho certeza que a nova pedagoga não terá muito trabalho. Vocês estão prontos. 

Hoje não estou aí em presença física. Nem estarei mais. Mas saibam que deixei aí, nesses dezenove anos, o meu melhor. E o que eu deixei estará em cada um de vocês, do mesmo jeito que vocês estarão, para sempre ,em mim. Todos terão cadeira cativa no meu coração.

Fiquem com Deus e com os meus melhores votos de sucesso. Se precisarem de mim, sabem onde e como me encontrar.

Enfim virei águia. Só me restou voar!

Aguia3

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Último dia de férias.

Enfim, último dia das férias de verão! Chegou tão rápido, que eu mal percebi. Suei para fazer render essas últimas horas. Tantas providências a serem tomadas! É claro que não deixei de ir à praia, pela manhã. Antes, porém, passei toda a roupa acumulada.

Praia com água fria. Temperatura nas alturas. Sol escaldante. Pouca gente pela areia. Me despedi dos picolés, tomando logo dois. Que exagero! Hoje podia…

Do almoço, no restaurante, fui à liquidação em uma loja do shopping, comprar umas blusinhas pra trabalhar. Todas bem baratinhas e muito frescas. A cara do calorão de fevereiro! (Nessas horas que sinto saudade da época que eu era estudante: as aulas só começavam em março! Já estava mais fresco e a gente mais descansada. Até sentia saudades da escola; ficava doida para as aulas começarem!)

Depois da compra fui para o salão de beleza. Resolvi começar o ano letivo mais loira. Fiz “luzes”. Aliás liquei mais iluminada do que eu pretendia… Enfim… Também pintei as unhas. Tudo isso pra ficar bem bonita (desculpe a modéstia) e voltar ao trabalho em grande estilo. É preciso sempre cuidar da auto-estima.

Mesmo com os cabelos cuidados, escovados e iluminados, não deixei de ir a hidroginástica. Não resisti. Aquela aguinha morna é sedutora. E a prática de exercícios é fundamental para manter a saúde do corpo e da mente. Não abri mão dela.

Mas como é preciso cuidar das tarefas domésticas, aqui estou eu, revezando a organização da janta com a escrita desse texto. Êta, vida de mulher moderna! Mas é isso tudo mesmo que me deixa feliz. Poder ter um trabalho que amo e que me realiza profissionalmente; me dar ao “luxo” de frequentar uma linda praia, próxima de casa; ter condições de cuidar da aparência; ter uma casa e dois filhos maravilhosos me esperando todos os dias… Posso dizer, com absoluta certeza, que sou uma pessoa muito feliz.

Pé direito, muita sorte, sucesso e harmonia para todos que, como eu, retomam suas atividades nessa semana. Ah… e um aumento justo de salário! Isso é fundamental.

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(Alunos da 4ª série B, ano 2010, EMEF “Prof. João Bandeira”)