segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

“Soneto do Amigo.”

Como resposta a tantas participações voluntárias, em relação à enquete do dia vinte e nove de janeiro, gostaria de fazer uma homenagem aos meus amigos e amigas: meus reais parceiros dessa vida! Eu desafiei e eles estavam a postos! Responderam prontamente.

Meus amigos: um tesouro de valor incomensurável, desmedido, por quem sou radicalmente apaixonada.

amizade1

Soneto do amigo

(Vinicius de Moraes)


“Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...”

OgAAAO2ga6gHDK-IyA0MJ216xELsruMU6ptSGwkhYCAXuUaFgBzr6u10mQqsgtRJxLu5S0AR1S5WR343T1Bu5xupaQIAm1T1UFDAtfaDgX69fUkh1ewvjOKt850Z

(Infelizmente minha memória só registra os nomes de algumas crianças da fotografia: as primas Célia Cristina e Claudinha, os primos Jorge Davi e Cledinho. Eu (verdadeiramente “doce Deni”) sou a de manga comprida, gola branca e cabelo curto, no centro à direita. As outras crianças não são parentes. Não recordo seus nomes…)

domingo, 30 de janeiro de 2011

Costurando idéias sobre FELICIDADE!

O desafio foi lançado e os leitores corresponderam! Recebi vários comentários respondendo ao questionamento: “O que faz você feliz?”. Agradeço a colaboração carinhosa. A participação de todos resultou no  texto a seguir, reflexo do que pensam em comum, diferentes pessoas sobre a FELICIDADE.

felicidade

O QUE NOS FAZ FELIZ.

Sem dúvida, todo mundo que é feliz tem alguém para amar! Podem ser os filhos, os pais, a família, os amigos… o ser amado! Incrível como nossa felicidade é algo conjunto, interligado com alguém. Não nascemos para a solidão! Amigos e parceiros são fundamentais. Cúmplices!

A Fé também nos traz felicidade. Saber que somos filhos de Deus, amados, cuidados por Ele, nos dá a certeza que viver vale a pena! É possível notar a Sua presença nas coisas mais simples, e não menos valiosas. Como não perceber a grandeza contida na pétala perfumada de uma rosa? Na delicadeza de sua textura, na proteção de seus espinhos?…

Ser feliz não é uma meta a ser alcançada, como um lugar no pódio. É estar em harmonia consigo mesmo, com o outro, em cada dia, em tudo que se faz. Pode-se ser feliz do acordar ao deitar-se. É uma busca constante. Precisamos é estar atentos para percebermos toda essa felicidade. Quem de nós nunca afirmou: “eu era feliz e não sabia”? E não sabia mesmo. Quando soube era tarde demais… Deste modo, abrir os olhos para o que está à nossa volta é fundamental. Um sorriso, uma piada, uma música, um cheiro, uma lembrança, um gosto, um beijo… Tantas são as pequenas coisas que realmente importam!

Ser feliz é termos sanadas todas as nossas carências. A volta de um amor, a saúde recuperada, a saudade que não dói mais, a organização de uma viagem… Ter dinheiro suficiente para nossas necessidades básicas ou não. Um corpo capaz com desempenho satisfatório. Não precisa ser lindo. Não precisa ser magro. Precisa saber fazer… funcionar bem!

É preciso, por fim, entender que atrás de todas as nuvens existe um Sol que brilha, que aquece, que renova. Se hoje estamos “nublados”, é importante lembrar que depois da chuva ou da escuridão, a vida resplandece! Dias melhores sempre virão. Não espere por eles. Brinque na chuva. Se molhe. Acenda uma lâmpada. Vá viver. Pinte a boca de vermelho. Passe o pente no cabelo. Respire fundo. A vida é uma só. E estar vivo já é motivo suficiente para ser feliz…

O tempo de ser feliz é AGORA!

(Rosi, Luanna, Edmundo, Cleuza, Leila, Guto, Elizeu, Regina Helena, Ana Cristina, Aida, Letícia, Penha, Marlene, Márcio, Isabel, Bernadette, Denise Cristina, Adriana, Regina Lúcia, Ju, Vander, Olga, Priscyla, Helena e eu)

Sou muito FELIZ por ter amigos e amigas como vocês!!! Obrigada.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Hoje você ajuda a escrever o texto.

“Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca.”

(Clarice Lispector)

Nesse pouco tempo que tenho escrito para vocês, tenho me dado a conhecer por inteira. Quando escrevo, me apresento. Mostro minhas idéias e meu modo de ver o mundo. Não pretendo falar de “verdades”. Sou humilde. Sei tão pouco da vida! Mas o que já vivi me dá assunto suficiente para escrever infinitos “posts” para vocês! A tela branca me desafia. O que de mim irá para o blog hoje? É assim que começo… E as idéias surgem. São muitas. É preciso escollher…

De tudo, que construo aqui, o mais importante é lhe inspirar para escrever também. Nossa língua é tão rica! Permite tantas brincadeiras… Desafie-se. Crie o seu blog. Você verá que esse passatempo é muito gostoso.

Vamos começar. Hoje quero escrever com sua ajuda. Responda a pergunta abaixo, através de um simples comentário. Este texto contará necessariamente com a sua participação. Não fuja da raia!

O QUE LHE FAZ FELIZ?

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

“Pássaro Preto.”

Sexta-feira quente, em Vila Velha. O Sol do Rio está passando uns dias por aqui. Bate no rosto e incendeia, faz suar. Foi assim o dia inteiro. E à noite, música pra aquecer o coração, na Tenda Cultural, da Praia da Costa: Trio Lubião, apresentando meu amigo e camarada Dudu Lira. Muito bom vê-lo tocar, cantar, recitar, brincar no palco… ser feliz! E fazer a gente ser feliz, junto com ele.
De tudo que foi tocado, cantado e dançado, ficou em mim a música “Pássaro Preto”, que eu não conhecia e adorei. Quero apresentá-la a vocês.
Itaunas, quando o sol se põe, ouço segredos que o vento traz.
Ao subir as dunas e olhar pro mar, o simples desejo de te amar demais.
E aquela vontade de dar as mãos, meu prazer de olhar para as águas,
Deitar numa rede, sonhar seus mundos, se perder nas horas e andar sem rumo...
Oh... oh.. oh...

Na luz lampião a gás, tudo que ela faz é me amar demais.
Tudo que ela ouve é a minha gaita, minha voz,
Acendendo a canção que é de todos nós,
Numa noite branda de muita paz,
Em uma noite fria Itaunas...
Brilham as estrelas e os vaga-lumes que embriagam em vinhos e perfumes...
Ouvir um pássaro preto logo cedo, pássaro preto
Cantar de manhã...
Ouvir um pássaro preto logo cedo, pássaro preto
Quando é de manhã...”
(Trio Lubião)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Andar de moto.

moto no Rio

Não sei o que acontece comigo... Quando tinha dezenove anos, andei de moto pela primeira vez e detestei. Achei que meus cabelos jamais se desembaraçariam e minhas pernas jamais se uniriam novamente. Também a coluna demoraria um século para ficar ereta de novo. Que besteirada! Naquela vez eu fui de Jacarepaguá até a Tijuca, passando pelo Alto da Boa Vista. Concordo que o caminho era muito longo e perigoso. Cheio de curvas estreitas, subidas e descidas. Enfim, foi uma experiência horrorosa.

Depois de se passarem muitos e muitos e muitos anos daquele dia, andei de moto pela segunda vez. Também no Rio de Janeiro. Mas agora a experiência foi muito diferente. Eu simplesmente adorei a aventura! Não que o percurso fosse mais fácil, menos irregular, menos curvilíneo. Nada disso. Andei pelo trânsito carioca, a centímetros de carros e ônibus, procurando sempre uma brechinha entre os veículos para melhor se posicionar... 

Esclareço que das duas vezes estive na carona. Não sei nem ligar uma motocicleta, quanto mais pilotá-la! Andei do jeito de quem entrega a alma... Seja o que Deus quiser! Subi, desci, curvei, freei.... Senti o vento, os cheiros, o mundo! Andar de moto é espetacular! Adrenalina pura. Precisei fechar os olhos algumas vezes. O medo me vencia. Mas logo os abria e o game continuava. Acredito que a confiança no piloto e sua experiência faz toda a diferença. Talvez!

A verdade é que com a idade mais avançada, a gente passa a ter a consciência de que a vida é muito curta e temos mais é que aproveitá-la! Temos muito menos jabuticabas pra chupar... É preciso saboreá-las vagarosamente. É preciso se permitir. Ousar. Se aventurar: usar o capacete e ir em frente. Nada de loucuras. Mas aventuras! O bom da vida é ser feliz.

Quero andar de moto pela terceira vez!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O calor do Rio.

266x220-20101218101418-calor

Não é novidade para ninguém, que o Rio de Janeiro é muito quente, nesta época do ano. O verão carioca é de arrepiar…

Quando eu morava no Méier, lembro das noites mal dormidas, me revirando no colchão. Não tinha posição pra dormir. A temperatura deveria estar nas alturas. Andar na rua sob o sol de rachar então! Trabalhei em Bonsucesso. O termômetro digital marcava 44 graus… Praticamente insuportável.

Mas não é só esse calor que o Rio tem. O calor humano do carioca é inigualável. Receptivo. Agradável. Amigo. Acolhedor. Você não precisa avisar, telefonar com antecedência. Em casa de carioca é só tocar a campainha e ir abrindo o portão. Vai entrando, se sentindo à vontade, abrindo a geladeira. Não espere ser convidado. Apresente-se. Nada demais. Ninguém repara. É assim que fui criada. Ah, e como sinto falta!

Esses três dias que passei por lá foram muito bem-vindos, neste fim de férias. Não foi uma viagem planejada. Meu filho precisou ir, por motivos particulares, e me ofereceu a carona. Não titubeei. Foi só arrumar a pequena mala e pronto! Estrada…

Janeiro no Rio de Janeiro é igual a calor intenso. Dias e noites quentes. Sol que parece ter mais raios, do que em outros lugares. Mas nada disso me incomodou. Foi uma rápida viagem espetacular. Cheguei, toquei a campainha, entrei. É assim que, lá, as coisas funcionam. Ainda bem!

Respirei o ar aquecido, poluído e revigorante. Estou renovada.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Pequeno álbum destas férias.

fotos 052

fotos 103

Em Linhares, tão fresquinho ao entardecer… Muita água para hidratar. Muita água nas lagoas para apreciar! Tudo é muito encantador.

fotos 036

fotos 032

Em São Gabriel da Palha, primeiro evento político do nosso novo Governador Renato Casagrande.

fotos 025

Em Domingos Martins, terra de belezas e delícias… Uma cidade que investe em turismo. Muito acolhedora.

fotos 021

Linda homenagem à flor típica da região: as orquídeas.

fotos 037

fotos 040

No restaurante à beira da BR 262. Minha sogra Sônia que está sempre do meu lado. Ser humano admirável.

fotos 052

Decoração de Natal, em Domingos Martins. Foto tirada dentro da casa do Papai Noel capixaba.

fotos 042

Definitivamente esta é uma verdade…

fotos 063

Meu companheiro de viagem e de vida: Maurício Vilela.

Doces dias destas férias que estão terminando…

fotos 047

Estrada: meu lugar no mundo!

fotos 061

fotos 076

fotos 081

Nosso Gol tem muita história para contar…

fotos 085

Quando será o próximo feriado???

Os dois lobos.

"Uma noite, um velho índio falou ao seu neto, sobre o combate que acontece dentro das pessoas. Ele disse:


 - Há uma batalha entre dois lobos que vivem dentro de todos nós. Um é mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho, superioridade e ego. O outro é bom. É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.


O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: 


- Qual lobo vence? O velho índio respondeu:  


- Aquele que você alimenta."
              (Autor desconhecido)

(Para a gente ter o que pensar, nesta tarde preguiçosa...)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Reginas.

Um tesouro eu realmente tenho nessa vida: minhas amizades!

Já dizia o grande poeta Vinícius de Moraes: “Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”

Regina Souza, prima do meu pai, mais que prima em segundo grau, é minha amiga. Abre as portas de sua casa e do seu coração sempre que vou ao Rio. É lá que eu tenho me hospedado. Não haveria lugar melhor pra ficar…

Regina Natal, colega de profissão e de escola, mas não apenas por isso, é minha amiga também. Às vezes mulher, às vezes menina. Um furacão ou uma brisa suave. Linda. Intensa. Parceira. Daquelas pessoas que são como nossos portos seguros. Se precisar, arma uma guerra por nós!

Regina Santos, amiga de longa data. Nos conhecemos e nos relacionamos há mais de vinte e cinco anos. Trabalhamos juntas. Fomos vizinhas. Nos perdemos. Nos achamos. Somos vizinhas novamente. E quando falamos, é como se o tempo nunca tivesse passado… Amigo é assim. Tem um sorriso carioca largo. Se não está por perto, está pelas nuvens, em algum vôo, indo só Deus sabe pra onde!

Regina, professora da creche, é um encanto de pessoa. Esqueci seu sobrenome, confesso. Mas não esqueci o carinho no seu olhar. Que pessoa maravilhosa! Amava demais todas as crianças. Ria com elas. As fazia sonhar. Há tempos não a vejo, mas jamais a esqueci.

Regina Helena conheci na internet. Nascemos no mesmo dia e mês: seis de maio. Taurinas. Alegres. Teimosas. Inspiradas. E como trabalhamos! Amamos a família, especialmente nossos filhos. Descobrimos tantas afinidades... Há anos nos relacionamos. Mora longe de mim, mas vive no meu coração. A considero amiga, pra valer. Não há diferença.

Regina Casé tem a minha admiração. Reconheço seu talento e gosto de tudo que ela faz. É simples, é do povo, é da vida. Não poderia deixar de incluí-la nessa relação de Reginas queridas.

Regina Passos é uma amiga querida. Moramos distantes. Pela BR 101, aproximadamente 370 km. Amizades verdadeiras superam qualquer distância, porque na realidade, elas não moram longe, residem no nosso próprio coração!

Interessante coincidência, tantas Reginas amadas… De tal maneira vinculada, minha vida está entrelaçada com as de minhas Reginas amigas…

“Dos amores humanos, o menos egoísta, o mais puro e desinteressado é o amor da amizade.”
(Cícero)
amiguinhas

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Três dias no Rio de Janeiro.

Sentirei saudades, mas preciso ir.

Não dá para ficar longe tanto tempo.

O Rio faz parte de mim.

Perdoe-me a rápida ausência.

Prometo que voltarei renovada.

Já me esperam de braços abertos…


Ser “chique”.

Já recebi este texto algumas vezes, enviado por diferentes amigos. Hoje, mais uma vez, foi encaminhado a mim. Ao relê-lo, pude verificar que seu conteúdo combina bastante com o meu modo de pensar. O “chique” a que se refere o texto não é o refinamento esnobe das classes dominantes, mas um modo de ser bastante atraente e recomendado a todos nós, para a vida em sociedade. Não depende do quanto você tem no bolso ou na sua conta bancária, mas de como você se comporta nas situações do dia-a-dia. Gosto muito de gente “chique” assim…

“SER  CHIQUE  SEMPRE...


Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje. A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.


Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.
O que faz uma  pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é  quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras. Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio. Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.


Chique mesmo é parar na faixa de pedestre. É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua. Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos.

 
Chique mesmo é não se exceder jamais! Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir. Chique mesmo é olhar nos olhos do  eu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios. Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!


Mas  para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia. Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.


Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz! Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas amor e fé nos tornam humanos!”

(GLÓRIA KALIL)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

“Liberdade”.

Há um tempo atrás, recebi uma linda homenagem que gostaria de dividir com vocês. Até hoje, me emociono quando releio-a. Maurício, meu ser amado, muito amado, fez em forma de depoimento, no orkut, para mim. Copiei na íntegra.

“Este soneto foi escrito pelo comunista Carlos Marighella durante a prisão em 1939. A força com que canta a liberdade é a mesma paixão de corações ardentes. Dedico também a você com a mesma intensidade.
Beijos.


"Liberdade": DENISE
Não ficarei tão só no campo da arte, e, ânimo firme, sobranceiro e forte, tudo farei por ti para exaltar-te, serenamente, alheio à própria sorte.
Para que eu possa um dia contemplar-te dominadora, em férvido transporte, direi que és bela e pura em toda parte, por maior risco em que essa audácia importe.
Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma, que não exista força humana alguma que esta paixão embriagadora dome.
E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome.”

Coisas assim não podem ficar esquecidas. Por ninguém!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Céu nublado.

tempo nublado

Há dias que nos sentimos assim: tempo nublado, sujeito a chuvas, raios e trovões. Acontece. Coisas de ser humano. Acidentes de percurso. Mas como até os dias mais nublados não escondem o Sol para sempre, assim também acontece com as pessoas. As nuvens se vão e o sol volta a brilhar. Muitas vezes é preciso que chovam algumas lágrimas. Encharcam. Mas elas também secam. É o ciclo da vida. Dias melhores sempre virão.

A vida é muito importante para ser levada a sério.

(Oscar Wilde)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Namoro e liberdade.

lady3
Podemos nos relacionar seriamente com alguém sem perder a liberdade. Difícil? Nem tanto.

O requisito básico é nos relacionarmos com quem amamos. O amor é fundamental. Desta forma, tudo feito a dois passa a ter um significado maior. Partilha. Parceria. O que é gostoso, fica muito  mais gostoooooooooooso!

Entretanto, precisamos preservar a nossa individualidade. Temos amigos que não são em comum. Não devemos abandoná-los. Um café, uma conversa, um telefonema, um passeio. Podemos sim. Nosso par deve respeitar esses momentos pessoais. Do mesmo modo como precisamos respeitar os seus. Ficou difícil, não é? Mas é imprescindível.

Pense que você se apaixonou por determinadas caracteríticas que seu ser amado possuía. Se ele as perder, deixará de ser como você gostou e se apaixonou. Simples assim.

Não perder nossa individualidade é a base de qualquer relação. É salutar. Os dois que se amam e se relacionam são duas pessoas diferentes, com modos de viver e de pensar diferentes também. Respeitar as diferenças e suas manifestações é o que nos mantém unidos.

O namoro é um dos aspectos da vida de uma pessoa. Não é tudo. Existe vida além do “estar junto”. Mas isso não quer dizer que o relacionamento tenha que ficar em segundo plano. São planos diferentes, igualmente importantes. O amor precisa de muita atenção. Justamente para que o ser amado compreenda que, não perder a individualidade, não compromete necessariamente a qualidade do seu relacionamento. Pode-se amar alguém, estar junto, namorando sério, sem perder seus traços pessoais. O convívio exagerado pode ser prejudicial. Os defeitos surgem e podem ter efeito devastador.

Além do amor, é básico o respeito em qualquer relacionamento. A ética também. Desta forma, podemos ser livres e felizes, enquanto amamos e somos amados. O amor não prende, liberta!

Viva com entusiasmo e aproveite seu namoro de forma madura! Pois cada dia de sua vida é sempre uma ocasião especial.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Cláudia Leitte é tudo!

claudia_leitte

Ela é um fucarão. Não destrói, mas arrasa!!!

Ontem Claudia Leitte fez um show em Guarapari e eu tive o privilégio de ir. O lugar, em si, já era demais: uma pedreira! Já dava o clima e ajudava na acústica. E quando essa mulher lindíssima entrou, no palco, fez tudo tremer!

Confesso que não sou  muito fã de “axé”. Mas não tinha como não se envolver e se deixar levar pelo balanço das músicas. Tudo ficou só alegria. Cláudia Leitte tem presença. Magnetiza. Além de ser linda, possui uma bela voz, e canta e dança muito bem. Preenche o palco com seu talento. Seu show é de tirar o chapéu! Contagiante.

Os bailarinos e bailarinas dão um show, muito afiados nas coreografias. A banda também. Tudo é de muito bom gosto. As roupas e adereços usados pela cantora já demonstram isso. Tudo muito lindo e muito harmonioso. Brilhos e luzes, com movimento.

De repente uma falta de luz no palco, no meio da apresentação eletrizante. Foi preciso improvisar. A percursão deu o ritmo e foi feita uma roda de “samba”. Mas a luz não voltava, um problema no gerador. E aí naquela situação constrangedora, pude perceber a sintonia entre a cantosa e seu público. As pessoas começaram a cantar um hit antigo da axé music, “Prefixo de Verão” (Netinho), e fazer a coreografia. Ficou lindo. No palco, cantora e bailarinos seguiram o seu público e entraram na música. Não tinha microfone. Só a percursão que passou a nos acompanhar:

“Aê, aê, aê, aê, ei, ei, ei, ei,  ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô…

Aê, aê, aê, aê, ei, ei, ei, ei,  ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô…”

A luz foi restabelecida. E aquela canção passou a fazer parte do show. Foi cantada até o fim. Senti a emoção da cantora, que agradeceu o carinho e a educação das pessoas, que poderiam ter tido outra forma de reação, perante o que ocorrera. Parabéns aos capixabas! Lição de civilidade.

Duas horas de encantamento, muito som e muito suor. Alegria geral.

“As máscaras vão cair
E tudo que você vestiu
Agora você vai despir

Tire o fone do ouvido
Sinta o som que vem do chão
Sacudindo os sentidos
Vem comigo, atenção!

Deixa a onda te levar
Na pista, na rua, no ar.
Deixa a música dizer
Como você vai dançar

Levanta, sacode, balança, não pode parar
Se lança, se joga na dança, se deixa levar...”

(“As Máscaras” – Cláudia Leitte)

Cansei. Mas valeu muito a pena. Levantei, sacudi, balancei, não parei! Me lancei, me joguei na dança e me deixei levar! Adorei. Recomendo.

sábado, 15 de janeiro de 2011

O frio que vem de dentro.

olhos

O amor aquece a alma. Disto ninguém duvida. Mas e aquele frio que sentimos de repente? Um frio que nos invade. Intranquiliza. Bate a insegurança. Algo angustiante que nos sufoca. Dá um medo de perder...


É o frio que vem de dentro. Vem quando menos se espera. Às vezes, tudo parece estar tão bom, tão gostoso, que tememos que a felicidade se acabe. É natural para a maioria dos seres humanos. Insegurança talvez. Trauma de infância, uns diriam. Mas penso que trata-se de uma questão mais ampla. Acreditamos que a felicidade está como uma meta, na nossa vida. Doce engano. Felicidade é percurso. Assim como a tristeza também. E uma infinidade de sentimentos diversos e contraditórios. Um dia estamos vivendo um sonho de amor... No outro bate uma angústia. No outro, recuperamos o fôlego e tocamos adiante. E assim vamos vivendo.


Se lhe bateu o frio que vem de dentro, relaxe. Ele vai passar. O sol vai voltar a brilhar. Tudo ficará colorido outra vez. Nada é para sempre. A felicidade é nossa companheira. Procure vê-la. Valorize os momentos; a faça durar...


Muitas vezes a saudade também causa esse frio. Ter saudades significa ter vivido algo tão bom que sentimos sua falta. E isso deve ser gratificante. Tanta gente não tem saudades de nada. Que pena! Deixaram de viver grandes ocasiões, deixaram de conhecer pessoas maravilhosas, deixaram de ganhar, de sorrir, de admirar, de conhecer.  Ou então, deixaram de valorizar tais momentos. Pena maior!


Se o frio interior teima em aparecer, combata-o com calor humano. Um abraço bem dado. Uma boa companhia. Um amigo pra compartilhar. Uma boca doce para beijar. Andar de mãos dadas também é muito bom, aquece.


Encante-se! A vida é única e passa rápido demais...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Você tem cuidado do seu amor?

coração voador
É fato que sabemos de cor que o uso do filtro solar protege a nossa pele. Também sabemos que devemos comer frutas e legumes para ingerirmos as vitaminas e sais minerais necessários à saúde do corpo. Sabemos cuidar dos cabelos desde a simples escolha do nosso shampoo. Cuidamos da pele, do corpo, dos cabelos. Cuidamos dos filhos, dos pais, dos sobrinhos, dos alunos. Cuidamos das unhas, dos dentes, das roupas… Mas temos cuidado do nosso amor?

Não é nada simples cuidar do nosso amor. Implica em se dar. Primeiramente, em querer cuidar. Cuidar do amor é dar atenção, não só fazer as vontades. Você pode estar ao lado, fisicamente, mas no outro lado do mundo, simultaneamente, com o pensamento vagando solto. Nosso ser amado sente. Ele não se engana. Sabe quando estamos com ele ou não. E isso é um golpe e tanto pro amor segurar.

Amar implica em não ser egoísta. Implica em querer agradar, se agradando, ao mesmo tempo. O ser amado precisa que se sinta AMADO… O que você tem feito para que isso aconteça? Tem demonstrado seu amor através de carinhos? Palavras de amor também são importantes. O ser amado deve ser lembrado, em momentos oportunos, que você o ama. Não se trata de repetir tal como um papagaio, em qualquer ocasião. Pode até ter efeito contrário, ficando muito pegajoso. O certo é o momento ideal, com clima, envolvimento. Tem ocasiões que pedem um “te amo”. Se ele não vem… outro ponto negativo, que pode pesar lá na frente!

Se você não consegue pensar em “nós”, ao invés de “eu”, com certeza, não está cuidando do seu amor. Se você não achar maravilhoso o aconchego depois do sexo, o calor dos corpos suados, envolvente… pode até não estar apaixonado! Esse envolvimento amoroso é uma característica fundamental de quem está amando.

Ama-se achando graça de coisas bobas. Rindo à toa. Ama-se quando estamos sendo ridículos. E quem ama tem que cuidar do seu amor. Senão corre o risco de perdê-lo. O amor necessita de “adubo”, gotas de atenção, carinho e muito zelo. Naturalmente quem ama não quer perder. Se não se importar, não sente amor. E não é para esses que falo.

Agora, assim que o texto terminar, saia do computador. Telefone. Vá encontrar seu ser amado. Ainda é tempo de recuperar o tempo perdido. Um amor verdadeiro não tem preço. Não queira perder o seu, outra pessoa pode encontrar…
Saber cuidar amor

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ivo viu a uva.

Ivo
Ivo viu a uva. Mas, com certeza, era uma uva virtual. Ivo viu e postou no seu site.

Ivo é um menino que nasceu grande e se conserva menino, não quer crescer mais. É "inventador de moda". Está sempre antenado com o que acontece nesse mundo globalizado. Tem humor tenaz, inteligente, quase sórdido. E Ivo agrada. Tem uma legião de fãs. Gosto dele. Acompanho seu trabalho de perto. E ele acompanha o meu. É meu colaborador, incentivador, parceiro.

Se eu conhecesse a mãe de Ivo, a mandaria lhe puxar as orelhas. É um menino bem levado! Mas eu sei que ele tem um grande coração. Cabe tanta gente lá dentro! Também sabe fazer escolhas políticas. Quer, de fato,  contribuir para a transformação deste mundo, em um outro bem melhor. E pode. Tem nas mãos um grande site, para o qual não existem fronteiras.
Ivo cria. Ivo escreve. Ivo briga pelos seus ideais. Ivo vai à luta. Chora e ri. Sofre e goza. Participa e encanta. É um homem encantador!

Você conhece o Ivo? Pode pensar que não, mas aposto que seus caminhos já se cruzaram alguma vez. Os meus e os dele já formaram uma rede com tantas intervenções! Ivo está sempre por perto. E, embora pareça treta, é a mais pura verdade.

Ivo, sou sua fã.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Um presentinho diferente.

Ganhei um presentinho diferente. Meu amigo Vander Miguel mandou pra mim. Achei tão bonitinho, que resolvi mostrar para vocês. É a minha assinatura virtual. Fofa, não? Obrigada, Vander. Amei.

Denisee

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Borboleta azul.

image001

Às vezes sou como a borboleta azul, que brilha quando voa por entre as flores, do nosso jardim. Leve. Solta. Livre. Feliz. Gulosa: estou sempre a procura do néctar, para alimentar o nosso amor. Nosso jardim é a gente que inventa. Queria estar sempre pertinho de você.

Impossível agradar a todo mundo.

vladstudio3
Descobri que nos incomodamos demais com o que pensam de nós. Precisamos nos sentir amados(as) e queridos(as). Desta forma, a imagem que as pessoas tem de nós torna-se muito importante. Nos angustia. Queremos sempre agradar. Ora, como se isso fosse possível. Não existe unanimidade. Cada um é cada um e pensa de acordo com seus próprios valores. Como então querer agradar a todo mundo? Impossível! Na realidade, o que os outros pensam de nós não importa. Somos instintivamente ingênuos. Precisamos mudar!

Um exemplo: se dizem que você está com ele(a) por interesse, porque ele(a) é velho(a) demais, rico(a) demais, lindo(a) demais para você, na verdade, estão lhe depreciando… Como se você não tivesse as qualidades necessárias para cativá-lo(a), fazer-se amada(o)! Ora, afaste-se de pessoas assim. Maldosas.

Não importa o que pensam de nós. Somos o que somos. Somos o melhor que podemos ser. Amamos. Simplesmente amamos. Todos temos algum interesse sim: o interesse de sermos felizes!

Se déssemos mais ouvido ao nosso coração e menos a maldade alheia, as coisas seriam mais fáceis para nós e menos doloridas. Devemos aprender a descartar qualquer coisa que não seja útil e construtiva. É sempre melhor gastarmos nossas energias com coisas que valem a pena. Ouçamos apenas as vozes de quem nos ama. Essas sim têm muito valor.

Espero que este texto tenha agradado a você.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Meus óculos especiais.

olhos_arco_iris[1]
É tão simples. A gente que complica. Pega seus óculos especiais e sai por aí vendo o mundo mais bonito. Eu tenho um óculos deste. Ele tem uma lente azul e outra verde. E quando estou muito feliz, eu os coloco e passo a ver tudo nessas duas cores.

O efeito é transformador. As flores se abrem, num jardim que ficou mais verde. Os pássaros saem das gaiolas e voam livres, cantando pelo céu que ficou mais azul. As crianças não brigam mais. Correm felizes. Os ladrões passam a roubar apenas beijos. A violência desaparece e as janelas e portas se abrem. Todos colocam as cadeiras nas calçadas e começam a falar de amor. A música toca, dando o fundo musical. O perdão e a paz reinam. Os braços se encontram em abraços. E o mundo passou a ser todo azul e todo verde… É mágico!

Temos tantos entraves, na nossa vida. Mas muito deles somos nós mesmos que colocamos. Está certo que nem tudo depende de nós. Mas, e o que depende? Pôr esses óculos é opcional. Você também tem um, seu, aí guardado. Não espere uma ocasião especial. Ponha-os agora. Veja o mundo de uma forma diferente. Só irá lhe fazer bem.

Hoje eu pus os meus óculos especiais. E vou confessar que estou muito mais feliz, do que na hora que acordei. O mundo azul e verde é muito mais lindo e colorido, do que aquele outro que tem muito mais cores!

Como é bom estar apaixonada!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Discutir a relação?

“O mais importante não é encontrar a pessoa certa,

e sim ser a pessoa certa.”

Quantas vezes a gente tentou encontrar um par que fosse assim bem parecido com a gente? Difícil, não é? O que somos depende de uma carga genética própria associada com nossas experiências pessoais. Em outras palavras, somos o resultado daquilo com que nascemos, moldado pela vida que tivemos e levamos. Como querer encontrar alguém igualzinho a nós? Nem o nosso irmão gêmeo, se o tivéssemos.

Minha irmã tem muito a ver comigo. Nosso jeito de ser, nossos gostos, modo de falar, nível de escolaridade... Tem gente que diz que parecemos gêmeas (um exagero, na minha opinião). Mas o fato é que temos, também, muitas diferenças no modo de ser e na maneira de levar a vida. As pessoas são assim. Nossa mãe, nosso pai, irmãos, amigos, conhecidos: ninguém é igual a ninguém. Podemos ter afinidades. Podemos gostar de coisas parecidas. Podemos ter passado por situações semelhantes. Ter até um temperamento similar. Mas igualzinho mesmo, jamais!

Que coisa difícil encontrar um parceiro parecido com a gente! Parece que em matéria de amor, a coisa fica mais complicada. Ou será que nós que somos mais exigentes? Afinal, será a pessoa com quem dividiremos nossas intimidades, nossos segredos, o nosso melhor.

A verdade é que devemos sim buscar afinidades, mas nunca esperarmos do ser amado reações que nós teríamos. Infelizmente, tendemos a cobrá-lo nesse sentido: - “Ah, eu teria respondido o torpedo, no celular! Ah, eu teria ligado em seguida! Ah, eu teria mandado flores e um lindo cartão! Ah, eu teria dito “eu te amo” muitas vezes mais…” Será que teria mesmo?

Antes de cobrar do ser amado, pense nas suas ações antes de pensar nas reações. O que você tem feito? Será que falar tantas e tantas vezes “eu te amo” combina com o que você anda pensando de verdade? O ser amado é imperfeito (você também). Foi criado por uma mulher que não foi a sua mãe. Viveu numa outra casa. Passou por outras experiências diferentes da sua. Talvez tenha tido mimos demais. Ou de menos. Aprendeu a gostar de samba. Ou a detestar a dança. Estudou. Ou não. A verdade é que o amor tende a nos tornar íntimos de alguém que acabamos de conhecer ou de entrar para a nossa história. E isso tudo não pode ser apagado ou não levado em conta. Conta sim e muito.

Então o que faremos? As três palavras chaves são: paciência, respeito e compreensão. Se você exercitá-las nesta sua relação, tudo vai ser mais fácil e menos dolorido, especialmente para você, que cobra demais.
Um pouco de humildade também é importante, afinal quem garante que você esteja sempre certa(o) e a reação mais apropriada é a que você daria? Lembre-se de Sócrates que na sua grande sabedoria já dizia: “Quanto mais sei, sei que nada sei”. Aproveite e coloque isso na sua vida. Ah, e mais uma coisinha, nada de ficar propondo discutir a relação. Isso acontece naturalmente. Forçar a barra para conversas como essa é furada, com certeza. Dificilmente a DR levará ao resultado que você espera. O segredo está numa convivência pacífica, respeitosa e mutuamente harmoniosa. E isso é construído com o tempo, na convivência. Vá “ensinando” aos poucos o que é importante para você, especialmente através de suas próprias ações.

Paixão é fogo. Mas é o amor que aquece. Viva as diferenças! Ter alguém igualzinho a nós, do nosso lado seria muito chato!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Álbum de família.

Antiga1

(O primeiro adulto à esquerda é o meu pai, Luiz Carlos. Ao seu lado, minha mãe Moema, e depois eu. Era o aniversário do meu primo Jorge David, o pequenino, ao centro. Nessa foto estão meus avós, tios e tias, primos e primas, amigos e amigas. Muitos já viraram estrelas, mas vivem ainda no meu coração e nas minhas lembranças.)

8 de janeiro de 1969.

Poderia ser uma data como outra qualquer. Mas longe disso. Uma data que mudou a minha vida definitivamente. Nesse dia, o céu ganharia mais uma estrela. Ou o mar. Meu pai foi embora desse mundo.
Uma doença que já matava, tal como hoje em dia, foi a responsável. Um jovem descendente de italianos, frequentador das praias cariocas, debaixo de todo o sol, sem proteção; loiro, olhos azuis, pele muito clara. Resultado:Tumor maligno. E lá se foi o jovem, deixando sua família aqui na terra.
Eu, a filha mais velha, com apenas sete anos e Simone, com dois. Duas filhas e nenhum pai. Uma mãe jovem e despreparada. Mas o pior de tudo era o “casaquinho de piedade” que as pessoas teimavam em nos vestir. “Coitadinhas, as filhas do falecido Luiz”. Sei que não faziam por mal. Mas isso tornava minha dor infinitamente maior. Deixei de ser Denise e passei a ser um rótulo.
Hoje isso é apenas lembrança, daquelas que gostaria de esquecer. Fazem quarenta de dois anos desta terrível data. Ele não me viu crescer. Não acompanhou minhas vitórias. Não me deu seu ombro pra chorar, nas derrotas. Não entrou comigo na igreja. Não segurou na minha mão quando meus filhos nasceram. Nem lerá os textos desse blog. Nem este. Também não o vi envelhecer…  Coisa tão injusta!
Que fiquem apenas as boas memórias! Como do assobio no portão, quando chegava em casa, das partidas de dominó, das risadas durante o Picapau na tv, dos desenhos de automóveis que ele mesmo fazia, das fantasias durante o carnaval, da torcida pelo futebol tricolor das Laranjeiras… Estas aquecem o coração de filha apaixonada!
Que sejam apenas doces as palavras, como essas que sempre quis dizer:
- Amo você, pai. Pra sempre.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Abaixo a opressão!

POEMINHO DO CONTRA
“Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!”
(Mario Quintana)
Tenho um carinho especial por esse poema de Mário Quintana. Leia-o outra vez. Percebeu que se trata de uma combinação muito feliz de palavras, que embora simples, transmitem uma mensagem forte e de esperança?

Quantos de nós vivemos às turras com alguns antagonistas, que teimam em permanecer em nossos caminhos! Muitas vezes, tornam nossa vida quase insuportável… Se tiver o poder nas mãos, então… Nos oprime. Nos tolhe. Nos deixam mal. Infelizes. Mas aí, a gente lê esse poema feliz e tem o consolo, verdadeiro por sinal, que tudo é finito nesse mundo. Até a opressão de qualquer déspota. Sempre há de raiar o sol da liberdade, com seus raios fúlgidos! E eles vão se embora definitivamente.

Porém, existem situações em que é você que precisa mudar. Ou se mudar!!! Remover-se! Então, vá. Mude. Vá cantar em outra freguesia. Possivelmente é o mais inteligente a ser feito.Afinal, como dizem sabiamente por aí: os incomodados que se mudem. E toda crise ou mudança traz, necessariamente, um crescimento pessoal. Saímos renovados. E, neste caso, libertos!

Abaixo toda a forma de opressão!!!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Lembranças do Engenho Novo.

“Mais de dez mil moradores de pelo menos três comunidades do Engenho Novo, no subúrbio do Rio, vão ser beneficiados com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Mais de 200 agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fazem nesta quinta-feira (6) a ocupação das comunidades.” (http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/01/mais-de-200-policiais-do-bope-vao-ocupar-favelas-para-instalacao-de-upp.html)

Engenho Novo

Com essa notícia, comecei meu dia. Engenho Novo é o bairro onde passei a minha infância e pré-adolescência. Vivi lá do nascimento até os treze anos, e é deste bairro que tenho as mais tenras lembranças.

O Engenho Novo é subúrbio da Central do Brasil. Para você que não nasceu ou viveu no Rio de Janeiro ou não entende essa referência geográfica genuinamente carioca, vou explicar. O Rio conta com duas grandes linhas férreas: uma começa na Estrada de Ferro Central do Brasil e a outra na Estrada de Ferro Leopoldina. De lá partem trens metropolitanos que percorrem diferentes bairros. Cada uma dessas estações centrais dá início a um roteiro específico. E todos os bairros por onde passam as linhas do trem é conhecido como subúrbio. Neles existem uma estação, onde sobem e descem centenas de passageiros, todos os dias. Desta forma, o Engenho Novo é um bairro que pertence a rede férrea da Central do Brasil.

Além da estação ferroviária, o bairro é cercado por muitos morros, que são habitados por diferentes comunidades. A rua que eu morei termina, ainda hoje, em uma delas – Cabuçu. Não sei se ainda tem o mesmo nome, hoje em dia. Sempre tivemos convivência pacífica. Subia o morro pra ir na casa da Eunice, que era doméstica na casa de meus pais. Não me recordo de qualquer constrangimento ou perigo por causa disso…É claro que estou falando de muitos anos atrás. Muita coisa se modificou nessa cidade. O que não mudou é o carinho que tenho pelo Engenho Novo.

Bairro de classe média e média-baixa, muito próximo do Méier que centralizou os grandes investimentos, é desta forma um bairro estagnado economicamente. Quase um bairro-dormitório, hoje em dia. Mas antigamente não era assim.

Existia um cinema na avenida principal a Barão do Bom Retiro: o Santa Alice. Fui frequentadora assídua, sempre acompanhada da avó Dora ou da minha mãe. Era bem pequena. Mais tarde virou templo evangélico, como a maioria dos cinemas independentes do Rio de Janeiro. Lembro ter assistido aos grandes clássicos da Disney, como a Branca de Neve, Cinderela e Mogli.

Também na Barão do Bom Retiro foi inaugurado o primeiro supermercado da região: o “Peg-Pag”. Que mudança no atendimento! Com espanto e alegria, verificamos que nós, os próprios consumidores, poderíamos escolher os produtos nas prateleiras e levarmos sozinhos ao caixa para pagar… Que progresso, sem dúvida!

Havia também a Igreja Nossa Senhora da Consolação, onde fiz minha primeira eucaristia e onde ia a missa aos domingos. Anexo a ela, ficava o Liceu Santa Rita de Cássia. Simone, minha irmã, aprendeu a ler nessa escola… Parece que foi ontem. A igreja ainda existe, a escola, não sei.

Também tinha o Vitória Tênis Clube . Ficava na rua que eu morava. Do Vitória lembro das matinês nos carnavais e da piscina de águas cristalinas e refrescantes.

Mas de todas as lembranças, a maior delas é da Oficina – Mecânica Grão Pará – que pertencia ao meu avô Manoel, e era onde meu pai trabalhava. Aliás, meu pai e meu padrasto. Cresci ali, naquele corredor comprido, onde ficava a empresa. Tudo muito cheio de graxa e barulho dos tornos mecânicos. Mas era nosso. Tinha vida. Eu e meus primos brincávamos lá. Subíamos no caminhão pra brincar na carroceria. Não lembro de termos caído, se quer de algum machucado. Meninas e meninos brincavam juntos e não era problema pra ninguém.

Na casa da Tia Adélia, que também ficava na Rua Grão Pará, estudei piano. Pelo menos, tentei. Confesso que meio na marra. A melhor lembrança é estar ao piano, tocando uma pecinha qualquer e, ao término, ser aplaudia pelo meu pai, que entrara sem eu perceber. Jamais esquecerei o primeiro e, talvez, o único aplauso dele, na minha vida, já que foi embora desse mundo tão cedo...

Outra hora falo mais do Engenho Novo para vocês. Lembranças devem vir em doses homeopáticas, senão podem ter contra-indicações. Elas fazem chorar!

Sucesso para a operação do Bope na região. Viver em paz é fundamental.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Na água morna.

Quando a água morna me banha por inteiro, sinto que cessam todas as dores e o corpo amolece. Tudo passa a ser possível. Esquenta o sangue e refresca a alma. Me sinto capaz de dominar o mundo.


Quando estou coberta por água morna, percebo que há muito de belo na transparência do azul. Os movimentos tornam-se suaves, porém intensos. E o que se faz tende a ser bem feito.


Quando os pés escorregam pelos ladrilhos submersos, confesso que me considero capaz de caminhar por todo o mundo. Sou capaz de realizar façanhas. Inclusive me encontrar se estiver perdida.


Quando os braços e pernas se movem, sem impacto, na água morna, é desta forma que posso voar. E voo sem limites por terras nunca antes navegadas dentro de mim mesma. Uma sensação boa. Um reencontro. Passa ser proibido qualquer sentimento ruim.


Movimentos delicados. Movimentos fortes. Acelerados. Ritmados. Aeróbicos. Espontâneos. Combinados. Coordenados. Livres. É permitido suar… e muito! Virar sereia... 


A água morna é responsável pelas mudanças que queremos viver. Já comecei. Aula de hidroginástica. 

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Amor & Ciúmes

“E até quem me vê,
lendo jornal,
na fila do pão
sabe que eu te encontrei.
E niguém dirá
que é cedo demais,
que é tão diferente assim…
O nosso amor
a gente é quem sabe…”
("Último Romance" / Rodrigo Amarante)
Tem dias que a gente está assim mais apaixonado… Entra na internet, no youtube, e vai procurando aquelas músicas especiais…
Alguém já disse que o amor é ridículo. Concordo. Só que eu digo que tem algo mais ridículo que o amor: o ciúme. Que sentimento ruim é esse que nos torna assim tão criativos?! Imaginamos, criamos histórias, inventamos e sofremos com tudo isso! Ah, como sofremos! Não gosto de sentir ciúmes. Me sinto ridícula, sem amor-próprio. Insegura. Não sei lidar bem com isso…
Não sei se isso acontece com você. Talvez você saiba lidar melhor com esse sentimento. Talvez nem sinta… Mas eu não consigo evitá-lo. Sem dúvida o ciúme é ridículo, mas é inevitável em algumas situações. Instintivo! É formado por três personagens e gerado por alguma determinada situação. O ser amado cobiçado… Ah, como este ser é amado… E temos medo de perdê-lo. Amor & Ciúmes.
A coisa começa mais ou menos assim: no início tudo é perfeito. Nos contentamos com pouco, porque tudo é muito, é lindo, é único. A paixão é envolvente. Aos poucos a paixão vai virando amor. E o ser passa a ser “ser-amado”. E nossa felicidade parece depender da reciprocidade desse sentimento. Perdemos o foco. Muitas vezes nos perdemos de nós mesmos. Deixamos de ser EU e passamos a ser NÓS. Tudo é melhor quando feito a dois. Nós dois. E aí… aparece aquela situação que foge ao nosso controle. E aquele sentimento horrível surge e toma conta de nós. Ciúmes. Horrível. Ridículo. Mas como dói…
Só tem um jeito: racionalizar as emoções. Organizar uma lista do que é realmente fato e separar do que é imaginário e especulativo. Desta forma, podemos verificar se há realmente perigo ou é apenas egoísmo nosso disfarçado! Não queremos que o “ser-amado” seja feliz sem a nossa presença.
Muito se fala sobre o ciúme. Se estuda. Se escreve sobre ele. Mas ninguém ainda descobriu como vencê-lo ou evitá-lo. Aceito sugestões. Afinal é uma dor que não passa com analgésico… Bem, talvez um beijo espontâneo e apaixonado resolva em parte o problema!
O amor pode ser ridículo, mas o ciúme é muito mais!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Morar na Praia de Itapoã.

Uma coisa boa de morar em Vila Velha é poder morar pertinho do mar. Professora aqui pode. Diferente do Rio e de outras cidades brasileiras, aqui podemos morar num lugar lindo, como é a Praia de Itapoã. Durante o ano, é certo, não temos tempo de frequentar essa praia encantadora. Temos que ralar muito para pagar o aluguel. Mas quando estamos de férias… Ah, é tudo de bom!
Hoje foi meu primeiro dia de praia, da temporada. Na prática, como se fosse meu primeiro dia de férias, pra valer. Ao pisar na areia, me deu uma alegria muito grande. Liberdade! Posso, enfim, cuidar de mim.
Fiquei pouco tempo, afinal estou muito branquinha. Mas tempo suficiente para fazer planos de ir ao salão de beleza, na hidroginástica, no supermercado comprar comidinhas light e começar uma boa dieta. Ou seja, melhorar a auto-estima e, de quebra, a saúde também!
A água aqui é muito fria. Que pena que Vila Velha não é um pouco mais ao norte do estado, pois assim teria águas mais quentes, como em Guriri. Molhei os pés e saí correndo pra cadeira novinha que ganhei no Natal. Deixei o banho pra outro dia. No solzinho entre nuvens deu-se o início do meu bronzeado. Filtro solar na menina! Essencial.
Manhãs de janeiro na praia. Que coisa maravilhosa! Nessas horas, agradeço a Deus por ser uma pessoa privilegiada. E vejo que a dureza de um ano todo de trabalho pode ser recompensado.
Espero que não chova amanhã.

domingo, 2 de janeiro de 2011

O amor das tias.

Aposto que você nunca reparou, mas existe alguém que também nos ama imensamente: nossas tias! Amor velado, tímido, mas sempre de prontidão. E ele aparece quando menos esperamos. Pode ser através de um presente especial no Natal, um telefonema inesperado, na presença fiel durante nosso batismo, eucaristia ou casamento, naquele artefato que ela mesma produziu, no pagamento do nosso curso de inglês ou informática, na companhia durante nossa estada no hospital, para render nossa mãe, em uma das noites cansativas. O amor das tias é mesmo fiel. É brando. Não sufoca. Não tem sequer publicidade. Não tem power points. Até no Google é difícil de achar. Não fazem poesias sobre ele. Mas hoje eu resolvi lhes prestar essa homengem.
Minha relação com minhas tias sempre foi intensa. Fui criada no meio delas. Tias que, muitas vezes, são primas de nossos pais, ou seja, nossas primas de segundo grau, outras vezes são irmãs de nossos avós, "tias-avós"... Mas não importa. Ocupam posição de “tias”. Tive a sorte de contar com várias delas ao meu lado: Tia Laura, Tia Adélia, Tia Yvone, Tia Ruth, Tia China, Tia Irene, Tia Tita, Tia Alice, Tia Conchita, Tia Luci, Tia Elza, Tia Cecília, Tia Adelaide, Tia Lalai, Tia Lena, Tia Dora, Tia Celinha, Tia Dina, Tia Fia. E as tias de Salvador: Tia Marina, Tia Emília, Tia Marlene, Tia Amália, Tia Nicinha. E de São Paulo: Tia Melita. Algumas mais distantes, mas não menos queridas: Tia Yeda, Tia Nena, Tia Jandira, Tia Dedé. Que time maravilhoso de tias para amar e ser amada! Cresci com elas. Muitas já perdi e hoje são tias-anjinhas, no céu.
Minha irmã Simone também virou tia dos meus filhos. Ah… E que tia maravilhosa ela se tornou. Tia-Mãe. Tia-Madrinha. Aquela que está ao lado, vinte e quatro horas por dia. Prontinha pra assumir e pegar o boi pelo chifre, se for preciso… Ralhar, chamar a atenção, corrigir, sorrir junto, resolver problemas, facilitar a vida e, acima de tudo, AMAR incondicionalmente.
Maria Clara é minha única sobrinha “de sangue”. Filha da minha única irmã, que me deu a graça de ser tia também e poder vivenciar o outro lado desse laço forte. Sou uma tia apaixonada, vibra e sente igualzinho o que uma tia de verdade costuma sentir. Além dela, tenho Luciana e Oswaldinho, dois sobrinhos que ganhei pelo casamento. Casamento desfeito, mas os sobrinhos permaneceram no coração e na vida. E ainda tenho um incontável número de “sobrinhos” alunos, já que sou “tia” por profissão: professora! Não me incomodo que me chamem de “tia”. Não me sinto desvalorizada. Ao contrário: me sinto amada e querida, condição ideal para quem quer ensinar, e desta forma, também aprender… E nem falei nos “sobrinhos” filhos dos meus primos, para quem, com certeza, também sou “tia”. Nesse caso, está Nátila, com seus bilhetinhos sempre carinhosos, no orkut.
Que bom que existem tantas tias nesse mundo! Isso realmente faz toda a diferença. É como uma rede de laços amorosos, onde podemos tranquilamente deitar! E, desta forma, sermos mais felizes!
A idéia deste texto surgiu a partir de dois comentários que recebi, de duas tias queridas. De repente percebi como elas eram importantes na minha vida! Esse amor que é tão escondidinho veio à tona e eu não poderia deixar de agradecer. Yeda e Maria Helena: duas tias internautas que acompanham de perto o meu trabalho.
Também tenho muito orgulho de vocês!


blog especial tia bio[2]

sábado, 1 de janeiro de 2011

Agora é Dilma. Obrigada, Lula.

lula_dilmap

(Crédito da foto: Flávio Florido/UOL)

Feliz Brasil, Dilma Rousseff.

Não pude evitar. A lágrima rolou pelo meu rosto. Um soluço acompanhou-a e eu chorei! Choro da mais profunda emoção. Felicidade explícita. Orgulho. Satisfação. Sei lá. Só sei que foi forte. Veio lá do fundo. Dezenas, centenas de anos, tratadas como cidadãs de segunda categoria, hoje, chegamos ao mais alto posto político do país. Dilma somos todas nós, mulheres brasileiras! A vontade de milhões de brasileiras e brasileiros revelada no voto direto, expressão maior da democracia, fez tomar posse, como presidenta do Brasil, Dilma Rousseff.
Dilma lutou e venceu. Processo eleitoral tão diferente de todos os outros. Foi uma verdadeira batalha. Coisas do arco da velha apareceram na única intenção de não permitir que uma mulher pudesse vencer. Discursos do tipo "tanto faz homem ou mulher" na presidência eram ditos, logicamente, por aqueles que estavam ao lado do único homem na disputa. Fazia sim toda a diferença. E fez. Nunca em tempo algum uma mulher tinha chegado tão longe... A “sociedade” não poderia arriscar. Novamente, ainda que velado, o preconceito emergia nos discursos, durante a campanha. E eu sofri. Sofri por ela e sofri diretamente. Pessoas do meu convívio diziam coisas impublicáveis, faziam comparações injustas, e mais que tudo, calúnias e calúnias. A história foi distorcida. O medo foi insuflado, mais uma vez. Líderes religiosos indicavam caminhos de acordo com suas próprias verdades. Foi assim. Você viveu tudo isso. Não importa em que lado estava. A batalha foi campal. Discuti com pessoas com quem não tenho intimidade. Discuti com grandes amigos. Mas eu comprei sim essa briga. Eu, como  mulher, lutadora, politizada, não poderia subir no muro, nessa hora. Seria fatal. Se eu tive os olhos abertos, não poderia fugir da missão de descortinar os olhos alheios. Era preciso agir.


E vencemos. A mulher Dilma venceu. Nós todas vencemos também. Sabemos que há poucas dezenas de anos, nem podíamos votar… Tanto foi conquistado. Nada nos foi dado. Se hoje Dilma tomou posse é porque ela teve coragem, durante toda sua vida. É chamada, por alguns, de “terrorista” (tão injustamente), porque lutou contra a Ditadura. Defendeu o Brasil de seus "invasores". Geração de fibra. Que orgulho tenho desses sessentões! Que orgulho de ter ajudado a marcar o nosso lugar na história, mulheres brasileiras!


Hoje eu chorei. Emoção maior. Só quem sabe o valor de uma vitória, quando a disputa é dura e, até mesmo, injusta, pode entender o que sinto! Perdoe-me, amigos e amigas, com quem duelei durante a campanha. Era preciso. O Brasil precisava de mim. O momento era único e oportuno.
Nunca uma mulher se vestiu tão linda para uma festa: roupa de cor pérola enfeitada com a faixa verde-amarela presidencial! Parabéns, Dilma Rousseff! Parabéns, mulheres brasileiras! Nossos caminhos nunca mais serão traçados como antes. Nossas lutas nunca foram e jamais serão em vão. Continuemos então!!! Estamos vivas.


FELIZ ANO NOVO, BRASIL!!!

mulheres comunistas(Mulheres do Partido Político PC do B, de Vila Velha, ES. A vitória de Dilma também é um pouco nossa! Eu e as camaradas Maristela, Renata, Janice (Presidenta Municipal) e Simone).

Comece 2011 com o pé direito! Importante é ser feliz!

2011133